"Segundo a tradição, existia uma
civilização portentosa no meio do Oceano Atlântico que, tendo sido alvo de
vários cataclismos (o primeiro ascenderia a mais ou menos 800.000 anos), desapareceu
no último ocorrido há cerca de 11.500 anos.
Esse desastre terrível e de dimensão
universal impactou na memória dos homens sob as mais diversas formas. A mais
conhecida (por ter sido relatada no texto sagrado do cristianismo – a Bíblia) é
o mito do Dilúvio e da Arca de Noé.
Os sobreviventes desse povo atlante,
detentor de conhecimentos superiores aos do resto da humanidade, espalharam-se
numa verdadeira diáspora para Oriente (nomeadamente a Europa e, posteriormente,
a Ásia) e Ocidente (a América), tendo deixado inúmeros vestígios em vários
locais, sobretudo próximo do litoral, sob a forma de monumentos megalíticos e,
simultaneamente, transmitiram determinados conhecimentos (de agricultura, de
construção, etc.) aos povos autóctones, menos evoluídos.
L Charpentier escreve a este propósito:
“Torna-se natural encontrar, em todos os povos inicialmente ensinados por esse
povo disperso, uma identidade de tradições, que persiste apesar das diferenças
de raça, de língua e de religião.
E enquanto essa tradição se mantiver
nas irmandades de ofício ensinadas tradicionalmente, haverá uma base comum,
princípios comuns, aplicados à erecção dos monumentos sagrados…”
Assim, e apesar da perda de memória do
seu passado, o dilúvio é um assunto que está presente nos camponeses
portugueses. Várias são as localidades que reclamam a fama de terem sido
fundadas pelos filhos de Noé, cuja arca aportou em várias partes do país."
in Eduardo Amarante, "TEMPLÁRIOS,
Vol.2 - A Génese de Portugal no Plano Peninsular e Europeu"
Fonte: Facebook
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