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A insanidade tributária no Brasil.

MARCUS GUEDES: A insanidade tributária no Brasil. Só de tributos, pagamos mais do que o PIB da Arábia Saudita, da Suécia…

Evolução da carga tributária (Charge: Jornal do Comércio)
Evolução da carga tributária (Charge: Jornal do Comércio)
Artigo do economista e professor universitário Marcus Guedes
INSANIDADE TRIBUTÁRIA
Estudos preliminares apontam que a carga tributária do Brasil, em 2013, atingiu a marca recordista dos 36,42% (em 1986, primeiro ano do governo Sarney, ela era de apenas 22,39%).
Cambiando pelo dólar de 31 de dezembro passado (US$ 1.00 = R$ 2,358), nós teremos fechado o PIB de 2013 em US$ 2,049 trilhões, com uma carga tributária equivalente a US$ 746,222 bilhões. Um número superlativo em termos de carga tributária!
EVOLUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL
Evolução da carga tributária no Brasil (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)
Somos os campeões da tributação dentre os BRICS (Rússia, 23,00%; China, 20,00%, Índia, 13,00%; e, África do Sul, agora integrada ao grupo, com 18,00%). Se contarmos com o Brasil, a média da tributação no bloco fica em 22,08%. Se subtrairmos o Brasil do ranking, a média cai para 18,50%.
Na América Latina, só perdemos para a Argentina, ora vivendo uma forte crise econômica (que fechou com uma carga tributária de 37,30%, um pouco superior à nossa, de 36,42%). O Uruguai, que tem o terceiro maior nível de tributação, fechou com 26,30%; o México, com 19,60%, mesmo percentual da Colômbia. Na moribunda Venezuela, a carga chega a meros 13,70%; e, na Guatemala, temos a menor carga tributária, equivalente a 12,30%.
Carga tributária brasileira (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)
Carga tributária brasileira (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)
Talvez, o mais doloroso nesse confronto de números é constatar que somente 18 (dezoito) economias mundiais têm um Produto Interno Bruto (PIB) maior do que o montante de tributos que os brasileiros pagaram em 2013.
O valor dos tributos que recolhemos só é menor do que o PIB (pela ordem) de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Brasil, Inglaterra, Itália, Rússia, Índia, Canadá, Austrália, Espanha, México, Coreia do Sul, Indonésia, Turquia e Holanda. As demais economias do mundo não produzem, individualmente, volume de riquezas suficiente para pagar os impostos brasileiros. Isso mesmo!
Carga tributária dos Brics (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)
Carga tributária dos Brics, em % (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)
Para que se tenha uma ideia do peso dessa insanidade tributária, a nossa carga de impostos é superior ao PIB de países como a Arábia Saudita (grande produtora de petróleo), Suíça, Suécia, Noruega, Áustria…
Nós pagamos duas vezes mais tributos do que o PIB de países como a Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca, Chile, Singapura, Hong Kong, Egito e Grécia.
Carga tributária dos países da América Latina, em % (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)
Carga tributária dos países da América Latina, em % (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)

Produzimos três vezes mais impostos do que riquezas em países como a Finlândia, Israel, Portugal, Irlanda e Peru. Para chegar ao patamar do que pagamos de tributos, Vietnã, Iraque e Hungria terão de fazer crescer as suas riquezas em mais de cinco vezes.
Ah, não vamos infernizar a vida do presidente José (Pepe) Mujica, do Uruguai: para ter em seu país a produção de riquezas compatível com o nosso insano poder de tributar, ele terá de fazer crescer o PIB de sua economia quinze vezes mais do que os US$ 49,7 bilhões alcançados em 2013.
A fictícia Belíndia (nação com impostos da Bélgica e prestação de serviços da Índia que se assemelharia ao Brasil), criação primorosa do economista Edmar Bacha, avançou para pior: em 2013, a carga tributária brasileira equivaleu a uma vez e meia o PIB da Bélgica (cotado pelo FMI, para 2013, em US$ 476,8 bilhões).
Carga tributária Brasil X países escolhidos, em  US$ bilhões X PIB (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)
Carga tributária Brasil X países escolhidos, em US$ bilhões X PIB (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)

Na verdade, pagamos muito para receber serviços públicos ainda piores, típicos de Bangladesh, Etiópia, Uganda ou Afeganistão.
Desde 1988 (advento da Constituição Cidadã) foram publicadas 4,7 milhões de normas legais voltadas ao ordenamento jurídico do País, nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal).
Dessas, 309.147 se referem à legislação tributária. Isso significa a emissão de 31 (trinta e uma) normas tributárias/dia ou 1,29 norma/hora!
Países com PIB maior do que a carga tributária brasileira, em  US$ bilhões (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)
Países com PIB maior do que a carga tributária brasileira, em US$ bilhões (CLIQUE NA IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR)

Ou seja, vivemos num ambiente de insanidade legal que obriga o contribuinte brasileiro a trabalhar mais de quatro meses por ano somente para pagar tributos, sem merecer justa contrapartida de um estado que segue escandalosamente perdulário e submetido a uma gestão de botequim.
Diante disso, parece que “Basta!” soa cada vez mais como boa palavra de ordem.
Fontes: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, Fundo Monetário Internacional e sites de diversas economias mundiais.

Dúvidas sobre a candidatura presidencial do general Augusto Heleno

Dúvidas sobre a candidatura presidencial do general Augusto Heleno — ex-comandante das tropas da ONU no Haiti e crítico do governo lulopetista — têm data certa para terminar

O general Augusto Heleno (Foto: Agência Brasil)
O general Augusto Heleno, aquele que trombou com Lula sobre a política indigenista do governo: pressões para que se candidate à Presidência (Foto: Agência Brasil)
Ele foi o primeiro comandante dos mais de 6 mil militares de diferentes países que integraram o contingente inicial da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), esteve à frente de 25 mil homens do Exército como Comandante Militar da Amazônia — quando entrou em polêmica com o próprio então presidente da República, Lula, a respeito da política indigenista brasileira — e tem currículo profissional que os colegas consideram “impecável”.
Ainda no Comando Militar da Amazônia, o general reclamou diante de emissoras de TV, sem colocar panos quentes, da precariedade dos armamentos e equipamentos do Exército, lembrando que, em sua área, a maioria dos soldados ainda utiliza “fuzis fabricados em 1941″.
Como ninguém é perfeito, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira já defendeu, em público, de forma enviezada mas clara, o golpe militar de 1964.
Com discurso fácil — sua experiência como comentarista de assuntos de segurança da Rede Bandeirantes de TV certamente ajudou –, opiniões fortes e um discurso que, desde que foi para a reserva, em 2011, se contrapõe a muitos aspectos do lulopetismo, esse curitibano de 66 anos vem sendo pressionado por colegas e também admiradores civis para candidatar-se à Presidência.
Não se sabe qual será sua decisão — que, em qualquer caso, acabará resultando em uma candidatura por um partido nanico, com pouco tempo de propaganda eleitoral na TV, pouca estrutura, poucos apoios de políticos e, em consequência, pouco dinheiro.
De todo modo, faltam poucos dias para saber-se o rumo que o general Augusto Heleno tomará na política, se tomar: militares (e integrantes do Judiciário) interessados em candidatar-se às eleições de outubro precisam filiar-se a algum partido político até, no máximo, o dia 5 de abril próximo.

FOTOS PARA ILUMINAR OLHOS MASCULINOS: 15 rainhas da bateria

FOTOS PARA ILUMINAR OLHOS MASCULINOS: 15 rainhas da bateria das escolas de samba de São Paulo que estarão a partir de hoje no Sambódromo
X-9 Pulistana Gracianne Barbosa (Foto Leo Franco / AgNews)
X-9 Pulistana: Gracianne Barbosa (Foto Leo Franco / AgNews)
Acadêmicos do Tatuapé: Gil Jung (Foto: Leo Franco / AgNews)
Acadêmicos do Tatuapé: Gil Jung (Foto: Leo Franco / AgNews)
Pérola Negra: Lorena Bueri (Foto: AgNews)
Pérola Negra: Lorena Bueri (Foto: AgNews)
Nenê da Vila Matilde  Deborah Caetano (Foto: AgNews)
Nenê da Vila Matilde: Deborah Caetano (Foto: AgNews)

1 - Leandro de Itaquera - Viviane Brilho  (Foto: Paduardo/ Ag. News)
Leandro de Itaquera: Viviane Brilho (Foto: Paduardo/ AgNews)
2 - Rosas de Ouro - Ellen Roche (Foto: Divulgação)
Rosas de Ouro: Ellen Roche (Foto: Divulgação)
4 - Dragões da Real - Simone Sampaio (Foto: Iwi Onodera/EGO)
Dragões da Real:  Simone Sampaio (Foto: Iwi Onodera/EGO)
5 - Acadêmicos do Tucuruvi - Nadege Delduque (Foto: Reprodução)
Acadêmicos do Tucuruvi: Nadege Delduque (Foto: Reprodução)
6 - Vai-Vai - camila Silva - (Foto: Glaucilene Felix)
Vai-Vai: Camila Silva – (Foto: Glaucilene Felix)
7- Tom Maior - Andréia Gomes (Foto: Vivian Fernandez)
Tom Maior: Andréia Gomes (Foto: Vivian Fernandez)
9- Gaviões da Fiel - Tatiane Minerato  (Foto: Iwi Onodera)
Gaviões da Fiel: Tatiane Minerato (Foto: Iwi Onodera)
10 - Mocidade Alegre - Aline Oliveira (Foto: Paduardo / AgNews)
Mocidade Alegre: Aline Oliveira (Foto: Paduardo / AgNews)
11 - Nenê de Vila Matilde - Deborah Caetano(Foto: Reprodução)
Nenê de Vila Matilde: Deborah Caetano (Foto: Reprodução)
12 - Águia de Ouro - Milena Nogueira (Foto: Francisco Cepeda / Leo Franco - AgNews)
Águia de Ouro: Milena Nogueira (Foto: Francisco Cepeda / Leo Franco – AgNews)
13 - Império de Casa Verde - Valeska Reis (Foto: Alex Pires / VEJA-SP)
Império de Casa Verde: Valeska Reis (Foto: Alex Pires / VEJA-SP)
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A letra completa da marchinha inspirada em José Dirceu

A letra completa da marchinha inspirada em José Dirceu avisa que o Bloco da Papuda vai brilhar no Carnaval de 2014
PUBLICADO EM 15 DE DEZEMBRO DE 2013
O corrupto juramentado Delúbio Soares garantiu em 2005 que a descoberta do escândalo do mensalão daria em nada: a grande roubalheira acabaria virando piada de salão, previu. Deu no que deu. Acaba de dar até cadeia. E, como atesta o segundo áudio enviado pelo comentarista José Limeira, já virou tema de anedotas carnavalescas.
Cadê o Zé?, de Luiz Trevisani, agora com a letra completa, é só o começo. José Genoino tem reiterado que os “presos políticos do partido não podem ser esquecidos pelos companheiros”. Se é só isso que o impede de dormir, logo estará desfrutando do sono sereno de bebê de colo. José Dirceu já ganhou uma marchinha para chamar de sua. Os parceiros da cela S 13 não demorarão a ser lembrados.
Bem-vindo seja o sarcasmo que desmoraliza quem debochou do país que presta e pensa. A seita dos vassalos carrancudos que se prepare para mais um surto de chiliques e ataques de nervos. O Bloco da Papuda vai brilhar no Carnaval de 2014.

5 frases que matam as vendas!

"PT" VEJA O VIDEO►CONFISCO DE DINHEIRO DA CLASSE MÉDIA-


                 Confisco de dinheiro da classe média-Veja o vídeo

 A S S U N T O        NO CÓDIGO PENAL  SERIA CAPITULADO NO ART. 171......(ESTELIONATO)

 O QUE VOCÊS OUVIRÃO É PARTE DA ARTIMANHA DOS COLABORADORES A QUE ESTAMOS EXPOSTOS, NESTE PAÍS DE ESPERTALHÕES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!  
 Confisco de dinheiro da classe média-Veja o vídeo

PT Prepara Armadilha ... Fique esperto !!!
CONFISCO DO NOSSO DINHEIRO DE NOVO E MUITO PIOR !!!...DEPUTADO DO PT ANUNCIA PROJETO PARA UM EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO..

assista o vídeo:

José Nêumanne Pinto comenta os 550 mil reais enterrados pela Caixa e pelo BNDES

José Nêumanne Pinto comenta os 550 mil reais enterrados pela Caixa e pelo BNDES no congresso do MST que terminou com a tentativa de invasão do Supremo
Em sua coluna Direto ao Assunto, veiculada pela Rádio Jovem Pan nesta terça-feira, o jornalista José Nêumanne Pinto comenta a doação de R$ 550 mil da Caixa Econômica Federal e do BNDES para patrocinar o Congresso do MST, promovido em Brasília na última semana. Os melhores/piores momentos do evento patrocinado com dinheiro público foram a tentativa de invasão do STF e o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. Confira:

Uma homenagem a Arnesto do samba de Adoniran Barbosa

Publicado no site do Estadão
EDISON VEIGA
Morreu na tarde desta quarta-feira, dia 26, aos 99 anos, um dos personagens mais famosos da música brasileira: Ernesto Paulelli. 
Ou melhor: 
Arnesto, aquele do samba de Adoniran Barbosa (1910-1982). De acordo com a família, ele estava internado desde a última sexta no Hospital Sancta Maggiore, após fraturar o fêmur. 
O enterro ocorrerá às 10h de amanhã, no Cemitério do Araçá.
Arnesto deixa dois filhos, dez netos e nove bisnetos. 
E uma fama de furão – como assim, convidou o Adoniran para um samba e deu o bolo? – que passou a vida a desmentir. 
“O Adoniran era um fanfarrão. 
Nunca o convidei para um samba em casa”, disse ao Estado em 2010.
Uma vez, aliás, Arnesto cobrou, mesmo sem estar com uma baita de uma “reiva”, satisfação do próprio músico pela “história mal contada”. A resposta veio pronta, como se preparada, na voz rouca característica dele. “Arnesto, meu amigo, se não tivesse mancada, não tinha samba. Segura essa pra mim!”.
Arnesto e Adoniran se conheceram em 1938, quando ambos trabalhavam nas rádios paulistanas. 
O primeiro bate-papo foi no estúdio da Record, no centro de São Paulo. “Ele logo me chamou de Arnesto”, costumava frisar. 
“E disse que meu nome dava samba.” 
A homenagem veio quase 20 anos depois, em 1955. “Foi a maior emoção da minha vida”, dizia ele, que sempre gostava de brincar que a música foi sua “segunda certidão de nascimento”, pelo poder que teve de “mudar” seu nome.
Relíquia. 
Até o fim da vida, Arnesto guardou, com orgulho daqueles de brilhar os olhos, um presente valioso que ganhou de Adoniran: a partitura número 001 – como ele mesmo reforçava, com os dois zeros antes do um – do Samba do Arnesto. Com dedicatória do amigo compositor
“Ao acadêmico Ernesto Paulella (sic), a quem dediquei esta composição quando do seu lançamento, em maio de 1955. Homenagem do autor, Adoniran.” 
Lúcido mesmo com a idade avançada, ele costumava cantarolar o samba que o consagrou com frequência, sempre que lhe pediam.
Autodidata por convicção, Arnesto nunca parou de estudar e era dono de rebuscado vocabulário – e um conversar repleto de inteligentes trocadilhos. 
Depois de dedicar-se ao comércio na maior parte da vida adulta, aos 60 anos realizou o sonho de ser diplomado em Direito. 
Advogou até os 90, quando, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), decidiu “pegar mais leve” e se aposentar.
E a música? Se para o amigo Adoniran, era profissão, para Arnesto o violão jamais passou de hobby. “Sempre toquei ‘de ouvido’. Só agora, depois dos 90 anos, é que estou estudando teoria musical”, disse ao Estado na entrevista concedida em 2010.
Sua última aparição pública foi em evento organizado pela Secretaria de Estado da Cultura em homenagem ao centenário de nascimento de Adoniran Barbosa, em 2010, no Auditório Ibirapuera.
Ah, em tempo: Arnesto não morava no Brás – passou a vida na Mooca.
Ernesto Paulelli com a partitura número 001
Ernesto Paulelli com a partitura número 001

O PADROEIRO DA COPA DA ROUBALHEIRA

Em menos de um minuto e meio, o vídeo do Implicante desmoraliza o palavrório ufanista do padroeiro da Copa da Roubalheira
  • História em Imagens

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►A REVOLUÇÃO DO REAL

O Estado de S.Paulo
Há 20 anos uma revolução sem armas e sem passeatas começou a mudar a vida dos brasileiros, quando o presidente Itamar Franco assinou a Medida Provisória (MP) 434 e criou a Unidade Real de Valor (URV), embrião de uma nova moeda, o real. 
Naquele mês de fevereiro, os preços ao consumidor subiram 40,27% e a alta acumulada em 12 meses chegou a 757,29%. 
Em 2013, a inflação anual ficou em 5,91%. Há 20 anos, os preços de bens e serviços aumentavam muito mais que isso em apenas uma semana. 
Recebido o pagamento, os trabalhadores corriam ao supermercado para abastecer a casa. A corrosão do salário em poucos dias era muito maior do que foi em todo o ano passado.
Como o ar, a água, as praças e a ordem democrática, a moeda é um bem público e a sua preservação é uma das obrigações mais importantes do poder político.
Cumprir essa obrigação é também proteger os pobres, os mais indefesos diante da alta de preços. Em tempos de inflação elevada, o reajuste de seus ganhos é normalmente mais lento que a alta do custo de vida. 
Além disso, eles são menos capazes de poupar e de buscar proteção em aplicações financeiras. Políticas de transferência de renda teriam sido inúteis no Brasil da espiral inflacionária, porque os benefícios seriam rapidamente anulados pelos preços em disparada. Apesar disso, há quem defenda a tolerância à inflação como política progressista.
Assinada em 27 de fevereiro, a MP entrou em vigor no dia seguinte, com a publicação no Diário Oficial. Durante quatro meses o Brasil teria duas moedas. A URV serviria como referência de valor. O cruzeiro real, ainda em circulação, continuaria usado para os pagamentos e outras operações do dia a dia.
Lançada com o valor inicial de CR$ 647,50, a URV seria reajustada todos os dias até a emissão da nova moeda, em 1.º de julho. Nesse período, serviu de base para o reajuste de todos os preços, a atualização de contratos e a fixação da taxa de câmbio pelo Banco Central (BC).
Emitido o real, com valor correspondente a CR$ 2.750,00, houve de novo a unificação monetária, com um só instrumento servindo como unidade de conta, meio de pagamento e reserva de valor. Não seria apenas uma nova moeda, como aquelas criadas em planos anteriores de estabilização e logo erodidas e desmoralizadas por um novo surto inflacionário.
A atualização diária dos preços, com base na variação da URV, deveria servir para uma recomposição geral de valores e de suas proporções. Tudo se passaria como se a indexação fosse levada ao extremo para em seguida, de repente, ser interrompida. 
Autores de planos anteriores haviam tentado vencer a inflação inercial - a realimentação constante da alta de preços pelo prolongamento do impulso inflacionário. Mas essas tentativas haviam sempre envolvido congelamentos de preços e truques variados. Não haveria mágicas no real.
Proibir a indexação na maior parte dos contratos foi uma das primeiras medidas, a partir da reforma monetária. Mas essa iniciativa teria sido anulada pelo retorno da inflação, se faltassem esforços muito mais ambiciosos. Avançou-se na desestatização para aliviar o Estado e aumentar a eficiência do governo e de importantes indústrias de base e de infraestrutura. Ampliou-se a abertura comercial.
Iniciou-se, enfim, uma complexa renegociação das dívidas de Estados e municípios. Esse arranjo incluiu a extinção ou reforma de bancos estaduais. Essa manobra permitiu o ressurgimento de uma política monetária eficaz, algo impossível quando o BC era forçado a sancionar a desordem criada pelos governos de Estados e seus bancos.
Só um BC revigorado e com bons instrumentos poderia ter vencido com rapidez, como venceu, os surtos inflacionários de 2002-2003 e de 2009. Em 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal completaria a reforma.
Com o real, o brasileiro passou a dispor de novo de uma moeda respeitável e adequada às funções clássicas de meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. 
Como tantas outras conquistas, essa também é reversível. Nenhuma moeda é indestrutível quando se combinam por algum tempo a tolerância à inflação, a irresponsabilidade fiscal e o populismo.

O PT está eufórico com a grande notícia:


O PT está eufórico com a grande notícia: os companheiros presidiários não são quadrilheiros. São apenas corruptos

“O PT não róba nem dexa robá”, recitava José Dirceu antes da descoberta do mensalão. 
Hoje, como resumiu Joelmir Betting, o partido dos ex-presos políticos se tornou um partido de políticos presos.
Antes do julgamento do mensalão, Dirceu reinava na Casa Civil, governava o PT e sonhava com a presidência da República. 
Hoje só reina na cela S13 da Papuda e sonha com a vida fora da cadeia.
Antes do mensalão, a seita que tem como único Deus um palanque ambulante posava de detentora do monopólio da ética. 
Nesta quinta-feira, a notícia de que os companheiros presidiários escaparam do regime fechado foi suficiente para antecipar o Carnaval dos devotos de Lula.
O PT, quem diria, está grávido de felicidade com a decisão que anulou a condenação de Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares pelo crime de formação de quadrilha. Graças à bancada dos ministros da defesa, o STF resolveu que os três delinquentes não devem ser qualificados de quadrilheiros. 
Vão continuar engaiolados porque são apenas corruptos.

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