O aumento do nível do mar é uma das consequências do aquecimento global que mais atemoriza a população mundial que vive nos litorais. Há regiões mais expostas do que outras, mas já há terras alagadas e outras que sabem que estão condenadas a ficar submersas em pouco tempo.
Anote Tong, Presidente da República de Kiribati, um arquipélago situado na zona central oeste do Oceano Pacífico, a nordeste da Austrália, negocia há alguns meses a compra de um uma porção de terra firme do vizinho Fiji para abrigar sua população, diante do temido desaparecimento da nação.
A ilha de Lohachara, situada na baía de Bengala já despareceu. Também o arquipélago de Vanuatu, no Oceano Pacífico Sul, viu suas ilhas mais baixas desaparecerem. E, apenas na região da baía de Bengala, calcula-se que cerca de 70 mil pessoas se tornarão refugiados ambientais nos próximos anos.
A origem da mudança climática na qual nos vemos imersos está "no final do século XIX, com o surgimento da revolução industrial".
Centenas de milhões de pessoas serão afetadas pelo degelo e pela diminuição de geleiras e coberturas de neve como consequência da mudança climática, segundo advertiu um relatório do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma).
Neste relatório intitulado "Perspectiva Global sobre a Neve e o Gelo", se assinala que "apenas a perda de neve e das geleiras das montanhas da Ásia afetaria aproximadamente 40% da população mundial. E o Ártico está aquecendo quase ao dobro da velocidade que o resto do planeta".
Segundo um recente relatório emitido pelo Centro de Estudos Geológicos (GFZ) de Potsdam (Alemanha), a ilha da Groenlândia, a maior da Terra e situada no norte do Oceano Atlântico, perdeu, entre 2002 e 2011, uma massa de gelo equivalente a 240 gigatoneladas.
Após lembrar que uma gigatonelada equivale a um bilhão de toneladas, o GFZ ressaltou que a massa de gelo derretida na Groenlândia trouxe consigo uma alta do nível das águas de 0,7 milímetro por ano.