A ideia de que as
máquinas com inteligência artificial irão coexistir, dominar ou até mesmo
destruir a humanidade tem ganho destaque na ficção científica.
Esta ideia está presente e tem ganho
grande popularidade como, por exemplo, em filmes de ficção científica tais como
o Exterminador Implacável, Blade Runner, entre outros. No entanto, o criador da
hipótese de Gaia, James Lovelock, destaca uma coisa que em muitas destas obras
foi mal interpretada.
As máquinas do futuro, com inteligência
artificial, não irão necessariamente tornar-se rebeldes e destruir a
humanidade, opina James Lovelock, um dos cientistas e futuristas mais
respeitados do Reino Unido.
Lovelock é coautor da famosa hipótese
de Gaia, de acordo com a qual os organismos vivos e os criados artificialmente
irão interagir uns com outros, criando uma espécie de sistema autorregulado e
integrado que ajudará a perpetuar vida na Terra.
O cientista está convencido de que, até
ao século XXI, os organismos cibernéticos irão governar o planeta graças ao seu
enorme potencial de inteligência. “Eles [os organismos artificiais] serão
capazes de transmitir a informação entre si muito mais rápido, e a evolução
deles irá ser também muito mais rápida”, acrescentou Lovelock, citado pelo
jornal britânico Daily Mail.
De acordo com o especialista, em vez de
se revoltar contra os humanos, os robôs com inteligência artificial vão
coexistir connosco, mas vão tratar-nos de uma forma semelhante àquela que
tratamos as plantas.
“Os ciborgues serão muito mais que
nossos filhos, porque são totalmente diferentes de nós, têm as suas próprias
origens. Mas a ideia de que eles nos vão substituir é uma parvoíce. Nós vamos
coexistir com eles da mesma maneira que coexistimos com as plantas. Eles vão
ver-nos da mesma forma que nós vemos as plantas — como seres mais lentos.
Entretanto eles podem muito bem achar certos aspetos de nós interessantes, da
mesma forma que nós podemos ir ao jardim botânico real de Kew Gardens”, disse.
Segundo a Sputnik News, esta nova
forma de vida será não só consciente, mas até “mais consciente do que nós”,
graças à sua enorme vantagem em velocidade de computação, comparativamente com
o cérebro humano.
De acordo com James Lovelock, a
humanidade deverá ficar contente e não aterrorizada, porque, graças ao seu
enorme potencial de inteligência e capacidade de processamento de informação,
poderão ajudar-nos a evitar catástrofes e extinções em massa, como aquela que
matou todos os dinossauros.
Fonte: ZAP
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