Sergio Moro não desistiu da política após sua saída do governo Bolsonato (Foto: Andressa Anholete/Getty Images) |
Após deixar o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro indica que não voltará a ser juiz e deverá permanecer na política, segundo reportagem do jornal ‘O Globo' com colegas e amigos próximos do ex-integrante do governo Bolsonaro.
Segundo a publicação, Moro tem afirmado que, na atual conjuntura, "nada mais distante do que 2022 agora", porém acredita ser mais popular do que o presidente e não sinaliza fechar as portas para eventuais candidaturas.
"Penso e digo que Sergio Moro já não pertence apenas a si mesmo. Ele é patrimônio da sociedade, e essa responsabilidade precisa ser considerada em suas decisões para o futuro. Muitos que apoiavam esse governo o faziam pela figura do Sergio", afirma o advogado Luis Felipe Cunha, amigo do ex-ministro.
Um dos aliados de Moro no campo político é o atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A aproximação começou ainda durante a Lava-Jato, quando Moro participou de encontros promovidos pelo Lide, empresa da família de Doria, um deles em 2018, em Nova York (EUA).
Embora Moro já tenha descartado entrar para a política, em entrevistas anteriores ao convite de Bolsonaro para o Ministério da Justiça e Segurança Púlica, o núcleo mais próximo do ex-juiz torce para que ele se candidate a um cargo eletivo. Um interlocutor avalia ser improvável Moro aceitar convites para funções em governos estaduais, mas não descarta que ele concorra à Presidência.
"Ele entendeu bem como é essa selva da política, que exige muita coragem para ter uma participação com dignidade. Acho que haverá um primeiro momento de defesa, porque virão agressões, mas, depois, se o caminho for a política, o Podemos está à disposição", disse o líder do Podemos no Senado, Álvaro Dias (PR).
"Do meu ponto de vista, ele seria muito bem-vindo no Novo. Valores do partido são muito alinhados com que ele acredita. Boa parte da motivação que tive para entrar na política se deve à atuação dele como juiz", avaliou o deputado Paulo Ganime (RJ), líder do Novo na Câmara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário