Países que estavam sob
algum tipo de sanção dos EUA em 2023
PARCEIRO PRIVILEGIADO
Desde
que assumiram a hegemonia, depois da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos
privilegiam alguns países em suas relações bilaterais, como Israel e o Reino
Unido.
A
Argentina sob Javier Milei assumiu este papel, que herdou da Colômbia, hoje
governada pelo esquerdista Gustavo Petro.
Em
recente viagem a Davos, Milei encontrou-se com o ministro das relações
exteriores do Reino Unido, David Cameron, representante de um país que trava
uma disputa internacional com a Argentina pelas ilhas Malvinas.
De
acordo com o diário Daily Express, Londres pretende dar ajuda econômica à
Argentina em troca de colocar a questão das Malvinas em segundo plano.
Aparentemente,
os EUA estão triangulando sua relação com a Argentina através do Reino Unido
por conta dos elogios que Milei fez a Donald Trump, provável adversário de Joe
Biden nas eleições de 2024.
Mas um
encontro entre Biden e Milei ainda este ano não está descartado.
Antes de
se eleger, Milei falou em acabar com as relações comerciais com o Brasil e a
China, dois dos principais parceiros de Buenos Aires.
A
chanceler Diana Mondino, numa óbvia provocação, recebeu em audiência o
representante comercial de Taiwan em Buenos Aires.
A China,
então, cancelou um empréstimo que havia acordado com o ex-presidente Alberto
Fernandez e ameaçou substituir o trigo, a soja e a carne que compra da
Argentina por produtos do Brasil e do Uruguai.
A China
considera Taiwan uma província e tem como meta a reunificação da ilha, que
sobrevive do apoio recebido dos EUA.
Em abril
deste ano, o navio USCGC Stone, da Guarda Costeira dos Estados Unidos,
fará exercícios na Argentina supostamente para combater a pesca ilegal.
Para
garantir uma presença militar na região da Tríplice Fronteira -- entre Brasil,
Argentina e Paraguai -- funcionários dos EUA já fizeram alertas no passado
sobre a atuação de "terroristas" ligados ao Hezbollah, mas nunca
apresentaram provas.
Eles
também expressaram desgosto com a parceria entre China e Argentina para a
construção de um observatório espacial na província de Neuquén. Ele começou a
funcionar em 2018, como parte de um acordo de 50 anos de duração.
Os
chineses dizem que a base foi essencial para permitir o pouso de uma nave no
lado escuro da lua.
Como o
lado chinês no projeto é representado por uma divisão da Força de Apoio
Estratégico do Exército Popular da China, as suspeitas sem provas espalhadas na
Argentina falam que a base pode ter utilidade em guerra espacial, cibernética e
eletrônica.
O
porta-aviões que vai visitar a Argentina depois de um hiato de 14 anos, o
George Washington, foi recentemente reformado e pode levar a bordo um avião de
reabastecimento que dá autonomia de 800 quilômetros para os caças que carrega.
Por
isso, em eventual guerra no estreito de Taiwan, o porta-aviões muito
provavelmente seria utilizado -- um detalhe que não escapou aos analistas.
https://revistaforum.com.br/global/2024/2/3/eua-mandam-porta-avies-argentina-em-mensagem-china-153390.html
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