A
informação, falsa, é “comprovada” por um vídeo,
que mostra uma das professoras segurando a criança pela mão, enquanto outra
tenta passar algo no rosto do garoto.
A postagem na rede social, que atribui a atitude
das professoras à “maldita ideologia de gênero”, foi feita pela página Rio
Conservador.
O vídeo já foi assistido cerca de 2,5 milhões de vezes e
compartilhado outras 66.237 vezes:
Frame de vídeo de um boato espalhado no Facebook, segundo o qual uma professora tentou, à força, passar batom em um menino (Foto/Reprodução)
O vídeo mostra um dos casos de
maus-tratos de professoras do colégio Ipê Centro Educacional, em Águas Claras
(DF), contra alunos.
As imagens foram feitas por uma funcionária da escola e
vieram à tona em junho de 2015.
Com base neste vídeo, a mãe do menino entrou
com uma ação na Justiça contra o colégio, que foi condenado a pagar
30.000 reais por danos morais no início de setembro.
Não é possível, pelas imagens, enxergar com clareza
o que a professora levou à boca do aluno.
Conforme a sentença da 3ª
Vara Cível de Taguatinga (DF), no entanto, ela esfregou no rosto dele uma cápsula
de Ômega 3 e disse que se tratava de catarro.
“A conduta repugnante das
prepostas da ré em esfregar um líquido com forte cheiro de peixe no rosto do
menor, de forma a simular que aquilo seria ‘catarro’ restou amplamente
demonstrada não só pelos vídeos trazidos aos autos como também pelo depoimento
da testemunha”, afirma a decisão.
Este boato já havia circulado por redes sociais em
maio de 2016. Naquela ocasião, o texto que acompanhava o vídeo dos maus-tratos
no colégio Ipê Centro Educacional era “professora feminista, adepta da
ideologia de gênero, tenta violentamente passar batom em aluno.
Veja a reação
do garoto. O que precisa acontecer com essa ‘professora’?”.
A atual descrição do vídeo, assim como a anterior,
portanto, não passa de mais um boato criado por detratores da chamada
“ideologia de gênero”.
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