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APÓS SER EXPULSA DO 'PMDB', KATIA ABREU COMEÇOU A ENTREGAR TODO MUNDO.



Publicado em 29 de nov de 2017
Expulsa do PMDB na semana passada por decisão do Conselho de Ética do partido, a senadora Kátia Abreu (sem partido-TO) subiu nesta quarta-feira (29) à tribuna do Senado para criticar duramente a atual direção peemedebista, em especial o presidente da legenda, senador Romero Jucá (PMDB-RR). 

Diante dos olhares do colegas do parlamento, Kátia Abreu chamou Jucá de "canalha, crápula e ladrão de vidas" ao longo do discurso de cerca de dez minutos.

A assessoria de Jucá disse ao G1, após o discurso de Kátia Abreu, que o que o PMDB tem a falar já foi dito pelo Conselho de Ética do partido.

Na última quinta (23), o Conselho de Ética do PMDB decidiu, por unanimidade, expulsar a senadora do Tocantins do partido e cancelar a filiação partidária dela.

As acusações contra o presidente do PMDB surgiram quando o senador João Alberto (PMDB-MA), que presidia a sessão do Senado no início da tarde, informou que o tempo da senadora havia se esgotado e não havia espaços para apartes de colegas que queriam prestar solidariedade a Kátia Abreu.

“Eu tenho certeza de que, se fosse aqui Romero Jucá, esse canalha, esse crápula do Brasil, esse ladrão de vidas e almas alheias, o senhor [João Alberto] teria sido mais condescendente [em relação ao tempo]”, disparou a senadora.

Ao final da fala da senadora, João Alberto lamentou as críticas dela contra a interrupção do pronunciamento e disse que estava seguindo o regimento do Senado.

Conselho de Ética

O Conselho de Ética peemedebista entendeu que houve falta de decoro e insurgência por parte de Kátia Abreu contra o partido. 

A senadora foi acusada de ter violado o Código de Ética e Fidelidade Partidária e o Estatuto da sigla.

A expulsão de Kátia Abreu do PMDB é assunto desde setembro do ano passado, depois que ela votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A senadora foi ministra da Agricultura no governo Dilma e tem feito duras críticas ao governo do presidente Michel Temer, também filiado ao PMDB. 

Ela se posicionou, por exemplo, contra a reforma trabalhista e a reforma da Previdência, consideradas prioritárias pelo governo federal.

'Atestado de boa conduta' Antes de o tempo do discurso terminar, Kátia Abreu afirmou que a cúpula do PMDB vai fazer com que o partido “se transforme não só em bandido, mas se transforme em maldito diante dos olhos da sociedade”.

Em outro momento do discurso, a senadora disse que estava se dirigindo aos filhos e falou que vai colocar o documento com a sua expulsão em uma moldura.

“Das mãos de onde veio [a expulsão] é um atestado de boa conduta para o meu currículo. 

Essas pessoas que me expulsaram não servem ao país, eles se servem do país em seus benefícios próprios”, declarou Kátia Abreu.

A senadora disse também que a cúpula do PMDB não tem condições morais e virou um “escárnio da nação”. 

Ela também criticou o comando do partido no estado do Tocantins.

“A mesma cúpula da legenda que hoje me expulsa envergonha os tocantinenses também com prática de corrupção”, enfatizou.

  • Por que me expulsaram? 
  • Por que tenho princípios? 
  • Por que tenho ética? 
  • Por que tenho coerência? 
  • Por que não sou oportunista? 
  • Por que não faço parte de quadrilha? 
  • Por que não faço parte de conluio? 
  • Por que não estou presa? 
  • Por que não uso tornozeleira? 
  • Por que não tenho apartamento cheio de dinheiro? 



Ou por que não apareceu nenhuma mala com dinheiro da senadora Kátia Abreu? Será que é por esses motivos que fui expulsa?”, indagou a parlamentar.

Peemedebistas, como o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (BA) seguem filiados à legenda, mesmo após terem sido presos por suspeitas de corrupção.

“A minha expulsão foi determinada por uma figura conhecida do Brasil e dos brasileiros, conhecida desde os letrados aos iletrados, conhecida desde os mais simples aos mais abastados, conhecida esta figura por ser uma pessoa nociva à vida pública brasileira e ave de rapina da coisa pública”, acrescentou a parlamentar.

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