No último domingo, 29 de novembro, um poderoso flare solar foi registrado por diversos telescópios espaciais. A intensa emissão de raios-x atingiu a classe M4.4, bloqueou comunicações e produziu violenta ejeção de massa coronal que pode raspar a Terra nos próximos dias.
A intensa emissão de raios-x é a maior já registrada nos últimos três anos e foi causada por uma região ativa situada no limbo leste posterior da estrela. Imagens registradas pelo telescópio espacial SOHO revelam uma grande onda de choque que foi bloqueada pelo corpo da estrela, que serviu como escudo e impediu que a maior parte das partículas fosse dirigida à Terra.
Cientistas do Centro de Previsão de Clima Espacial, SWPC, acreditam que o impacto de partículas na Terra será mínimo, uma vez que a maior parte das partículas foi ejetada em direção ao espaço profundo. Entretanto, parte dessas partículas carregadas pode ionizar a alta atmosfera terrestre e causar blecautes de radiopropagação e auroras boreais nos próximos dias, possivelmente entre 2 e 3 de dezembro.
Essa forte emissão ionizou o topo da atmosfera, causando forte blecaute de radiopropagação sobre o Atlântico Sul, impedindo as comunicações via rádio nas frequências abaixo de 10 MHz.
Os flares produzem forte emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético e se propaga desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama.
Como consequência das explosões solares temos as chamadas Ejeções de Massa Coronal ou CME, enormes bolhas de gás ionizado com mais 10 bilhões de toneladas, que são lançadas ao espaço a velocidades que superam facilmente a marca de um milhão de quilômetros por hora.
Os flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias. Em casos extremos podem causar colapso em sistemas de distribuição de energia elétrica, panes em satélites, destruir transformadores e circuitos eletrônicos.
As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de classe M.
Nenhum comentário:
Postar um comentário