22 de dezembro de 2020
Devido à pandemia covid-19, os cadetes tiveram
que estudar remotamente e acredita-se que muitos trapacearam durante um exame
online.
Um total de 73 cadetes da prestigiosa academia militar dos
Estados Unidos de West Point, onde são treinados para se tornarem oficiais do
Exército, enfrentam acusações de trapaça em um teste de cálculo online
realizado em maio deste ano como parte de seus estudos à distância por causa da
pandemia, o tenente-coronel Christopher Ophardt, porta-voz da academia,
informou na segunda-feira.
As suspeitas surgiram após os instrutores
perceberem irregularidades nas respostas dos alunos de uma turma do primeiro
ano que conta com 1.200 pessoas, embora também haja um aluno do segundo ano entre
os suspeitos.
É o maior escândalo desse tipo em West Point
desde 1976, quando 153 cadetes renunciaram ou foram expulsos da academia por
trapacear em um exame de engenharia elétrica, disse Ophardt. Naquela
época, uma comissão especial foi estabelecida e, depois de analisar o caso,
mais de 90 dos que foram flagrados no engano puderam voltar e se formar.
“O código de honra de West Point e o programa de desenvolvimento
de caráter permanecem fortes, apesar do ensino à distância e dos desafios
impostos pela pandemia”, disse Ophardt. “Os cadetes estão sendo
responsabilizados por quebrar o código”, acrescentou, citado pela AP.
Após uma investigação interna, dois dos casos
foram arquivados por falta de provas e outros quatro devido à renúncia dos
infratores, disse Ophardt. Dos 67 cadetes restantes que foram acusados, 55
admitiram trapacear e se inscreveram em um programa de reabilitação de seis
meses com foco na ética. Eles ficarão em liberdade condicional pelo resto
do tempo na academia.
Mais três cadetes confessaram tudo, mas não foram autorizados a participar do programa de reabilitação. O restante dos cadetes acusados enfrentará audiências administrativas que determinarão se eles violaram o código de honra e, se for o caso, recomendarão sanções que podem levar à expulsão.
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