Em uma entrevista ao jornal britânico “The Sunday Times” o CEO
da empresa farmacêutica AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que sua vacina
contra Covid-19 deve ser aprovada pelo Reino Unido “nesta semana”. Mais
conhecida como a “Vacina de Oxford”, a AZD 1222 tem vantagens sobre a
formulação da Pfizer/BioNTech, já em uso em vários países.
Entre elas estão
o custo mais baixo, cerca de US$ 4 (R$ 20,87) por dose, e a maior facilidade no
armazenamento. Enquanto a concorrente precisa ser armazenada em câmaras frias a
-70 °C, a vacina de Oxford pode ser armazenado nas mesmas geladeiras usadas
para vacinas comuns, com temperaturas de 2 a 8 °C.
Em novembro a AstraZeneca anunciou que a vacina de Oxford tinha
eficácia de 62% em voluntários que receberam duas doses e 90% em quem recebeu
meia dose, seguida de uma dose completa. Após admitir que o segundo regime de
aplicação foi resultado de um “erro humano”, a farmacêutica prometeu apresentar
resultados de testes extras.
Idosa que reside em asilo foi a primeira
vacinada na Costa Rica. Crédito: Casa Presidencial de Costa Rica
Nova mutação
Uma nova
variante do vírus Sars-CoV-2 encontrada no final de outubro preocupa
autoridades de saúde, pois pode ser até 70% mais contagiosa do que a cepa
original. A descoberta levou mais de 40 países a proibir a entrada de pessoas vindas do
Reino Unido, onde a mutação está em circulação e se espalha “com velocidade
assustadora”.
Questionado
sobre a eficácia da vacina de Oxford contra esta variante do vírus, Soriot
afirmou: “pensamos por ora que a vacina deve continuar a ser eficaz. Mas não
podemos ter certeza, então faremos alguns testes”.
O executivo garante que novas versões da vacina
estão sendo preparadas caso a atual não seja eficaz em gerar uma resposta
imunológica contra a mutação, mas espera que não sejam necessárias: “Você tem
que estar preparado”, disse.
Fonte: Estadão
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