Isola La Gaiola é uma das menores ilhas da Itália,
localizada no Golfo de Nápoles. A ilha dá o nome ao parque subaquático de
Gaiola (Parco di Sommerso
Gaiola), uma área marinha protegida de cerca de 42
hectares, que faz parte do Arquipélago vulcânico da Campânia, do Mar Tirreno. A
ilha consiste de duas ilhotas localizadas, a cerca de trinta metros de
distância da costa na fronteira ao sul de Posillipo. a sudoeste de Marechiara.
Numa das ilhotas há uma casa
solitária, e a outra é desabitada. Uma pequena ponte de arco, que se parece
natural, liga as ilhas, que são separadas por alguns metros. Seu nome tem
origem nas cavidades que pontilham a costa, sendo originário do latim “Cavea”
(pequena caverna) que, depois, através do dialeto derivou para, “Caviola“.
Originalmente a pequena ilha era conhecida como Euplea, divindade protetora da
navegação e foi local de um pequeno templo dedicado a Vênus.
Há várias ruínas pelas ilhas, construídas na época dos romanos.
Algumas dessas estruturas estão debaixo d’água, sendo agora abrigo para
criaturas marinhas. Alguns acreditam que o poeta Virgílio (Públio
Virgilio Maro), considerado um dos maiores poetas de Roma e conhecido pela sua
obra Eneida,
ensinou nessas ruínas.
No final do século 18, a ilha era
habitada por um eremita conhecido como “Lo Stregone” (O feiticeiro),
que vivia graças à caridade dos pescadores. As ilhotas podem parecer um lugar
excelente para viver tranquilamente, no entanto, os moradores locais acreditam
que a ilha seja amaldiçoada, uma reputação que surgiu por causa da morte
prematura e frequente de seus proprietários.
O engenheiro marítimo Nelson Foley, cunhado de Sir Arthur Conan
Doyle construiu uma casa sobre uma das ilhas no início do século 19. Foley
também era dono da Villa Bechi no continente, em frente à Isola la Gaiola.
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De 1896 a 1903, o dono das ilhas e
da Villa Bechi foi Norman Douglas (1868-1952), escritor britânico, autor do
livro “Land
of the Siren“, mas vendeu de volta para Foley. Este construiu uma
gaiola transportada por cabo para uma pessoa que conectava a ilha ao
continente. Em 1910, passou a ser propriedade da família do senador italiano Paratore,
que viveu na ilha e foi o responsável pela criação do parque marinho.
A série de infortúnios começou por volta da década de 1920, quando
o então proprietário, um suíço chamado Hans Braun, foi encontrado morto e
enrolado em um tapete. Um pouco mais tarde, sua esposa se afogou no mar, jogada
por uma onda para fora da gaiola, quando estava sendo puxada por um cabo de aço
entre a ilha e o continente.
A ilha também pertenceu a Gianni
Agnelli, o dono da Fiat Automobiles, cujo único
filho cometeu suicídio. Após a morte prematura de seu filho Gianni, ele começou
a preparação de seu sobrinho Umberto Agnelli, para ser chefe executivo da Fiat,
mas Umberto morreu também de um tipo de câncer raro na tenra idade de 33 anos.
Outro proprietário, o bilionário Paul Getty, depois de comprar a ilha,
presenciou o suicídio de seu filho mais velho, a morte do filho mais novo e
teve seu neto sequestrado, antes de sua própria morte.
O último proprietário da ilha, Gianpasquale Grappone foi preso
quando sua companhia de seguros faliu em 1978. Em 2009, a maldição das ilhotas
voltou a tona, quando jornais noticiaram o assassinato de Franco Ambrosio e sua
esposa Giovanna Sacco, que eram proprietários de uma casa em frente as ilhas.
Hoje, a casa está desabitada e abandonada.
Após 1996, todas as propriedades da
região passaram a ser responsabilidade da Associazione Marevivo, que
pretendia construir um museu para a exploração dos recursos marinhos, projeto
esse que nunca foi concretizado.
A partir de 2009, o
governo regional deu a gestão à Soprintendenza Archeologica,
entidade gestora do parque subaquático, e que fundou um centro de
estudos em associação com a ONG Centro Studi
Interdisciplinari Gaiola
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