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O estudo compilou e cruzou dados do NTSB (Conselho Nacional de
Segurança no Transporte, na sigla em inglês) e do BTS (Departamento de
Estatísticas de Transporte) |
A chance de
carros movidos a gasolina pegarem fogo é 10 vezes maior do
que a de carros elétricos, segundo estudo realizado pelo site
americano AutoInsuranceEZ,
divulgado no fim do mês passado.
O estudo compilou e cruzou dados do NTSB
(Conselho Nacional de Segurança no Transporte, na sigla em inglês) e do BTS
(Departamento de Estatísticas de Transporte), órgãos ligados ao governo dos
Estados Unidos, e do site Recalls.gov, também ligado à Casa Branca, para
entender quais são os riscos de incêndio em modelos elétricos, híbridos e a
combustão (veja no
gráfico abaixo — os dados estão em inglês).
Número de incêndios sofridos por carros híbridos, elétricos e a
gasolina nos EUA (Crédito da imagem:
A partir da amostragem, o grupo
verificou que, a cada 100 mil híbridos vendidos em 2021, 3.474 sofreram algum
tipo de incêndio — num total de 16.051 incidentes. Já para cada 100 mil carros
a combustão, 1.529 incêndios foram registrados, totalizando 199.533 incidentes.
O número de carros elétricos que
pegaram fogo, em compensação, foi irrisório. Para cada 100 mil EVs vendidos,
25,1 incêndios foram registrados com um total de 52 no ano de 2021. Entre os
híbridos, os casos de incêndio podem ser atribuídos à combustão da gasolina no
motor onde a energia é gerada.
O AutoInsuranceEZ também compilou os dados de recalls de veículos nos EUA em 2020 — a maioria deles sendo carros a gasolina.
Um total de 430 mil Hyundai Elantras foram recolhidos por problemas
elétricos, em oposição a 82 mil Hyundai Konas saíram do mercado por avarias na
bateria.
Incêndio no elétrico é mais difícil de apagar
Apagar o fogo em carros elétricos,
entretanto, ainda é um problema. Isso porque as baterias de íon-lítio nos EVs
são mais difíceis de retirar do que um carro movido a bateria e, segundo o
site, “a maioria dos bombeiros ainda não está familiarizada com elas, já que os
carros elétricos são relativamente novos”.
Além disso, como
as baterias são a fonte de energia do automóvel, elas podem queimar por horas,
o que as torna mais difícil de serem resfriadas.
Ainda assim, os carros elétricos, segundo o
estudo, não são necessariamente mais perigosos, pois, como supracitado, a taxa
de incêndio neles é muito menor do que um carro a combustão interna, além de
outros fatores.
“Há menos partes móveis em um veículo
elétrico e a conversão de energia não envolve combustão, o que os torna mais
seguros”, explica Lance Willis, proprietário de uma concessionária da Volvo em
Houston, no Texas (EUA). “EVs são novos. Então, quando algo dá errado, eles se
tornam o centro das atenções.”
Via AutoInsuranceEZ
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