O Peking to Paris Motor Challenge (P2P),
uma odisseia de 37 dias para automóveis clássicos e antigos, culminou em Paris
no passado Domingo.
A edição deste ano, a oitava no total e a sétima desde a sua revitalização, viu competidores corajosos navegarem por uma rota desafiadora ao longo de 14.500 quilómetros, de Pequim, na China, até a Cidade das Luzes.
A disputa pela cobiçada vitória geral foi
emocionante, com os primeiros líderes Andy Buchan e Mike Sinclair (Escócia), no
seu Bentley 4 ½ Le Mans de 1928, a enfrentaram um forte desafio dos estreantes
Richard Walker e Faith Douglas no ágil Chevrolet Master Deluxe Coupe.
A liderança trocou de mãos várias vezes durante a
corrida, com um erro de navegação a custar caro ao Chevy no meio do
percurso.
Apesar de recuperar a primeira posição, o Chevrolet
número 37 sofreu um golpe cruel, com a falha no alternador a apenas três dias
da linha de chegada.
A corajosa tentativa de reparação não foi, porém,
suficiente, devolvendo a vitória a Buchan e Sinclair.
Andy Buchan afirmou: “Absolutamente eufórico, é
fantástico. Quando partimos, o objectivo era ser o primeiro na nossa categoria,
mas logo ficou claro que poderíamos alcançar mais.
Tivemos a nossa batalha com Richard e Faith, e foi
um rali cruel para eles, mas tivemos que aproveitar a oportunidade.”
Já Mike Sinclair disse: “Muito trabalho foi investido para nos prepararmos, mas nunca esperávamos isto.
Apenas continuámos dia após dia, cuidando do carro e aqui estamos, no degrau mais alto do pódio, estamos absolutamente encantados.”
Na Categoria Clássica, Matt Bryson conquistou a sua
quarta vitória no P2P, um feito notável alcançado ao lado do navegador Mike
Pink, num Leyland P76, numa conquista repleta de um significado especial para
Bryson, já que as suas três vitórias anteriores foram compartilhadas com o
falecido Gerry Crown.
A batalha pela supremacia na Categoria Clássica
foi, no entanto, intensa. Inicialmente, o Porsche 911 Safari, de Lars e Annette
Rolner, dominou a competição na China e no Cazaquistão.
No entanto, um erro de navegação no primeiro dia no Azerbaijão custou-lhes a liderança. Enquanto o casal Rolner lutava para garantir o segundo lugar, Bryson e Pink mantiveram a sua vantagem, aumentando-a de forma constante até Paris.
O Peking to Paris Motor Challenge é
um teste único de resiliência humana e mecânica, que exige muito para além da
velocidade pura: trata-se de estratégia, trabalho em equipa e capacidade de
navegar por terrenos diversos e muitas vezes desafiadores.
A edição de 2024 solidificou esse legado, proporcionando um espectáculo emocionante de automóveis clássicos conduzidos pelo espírito e valentia inabaláveis das respectivas equipas.
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