Cientistas
acabam de anunciar a descoberta de um enorme vazio escondido na pirâmide de
Gizé, a antiga e maior das três pirâmides da Necrópole de Gizé, no Egito.
Os pesquisadores ainda não sabem qual a função do espaço, mas o seu
grande tamanho sugere que ele seja muito importante para a tumba do faraó
Quéops.
A equipe que investiga a pirâmide é composta por pesquisadores de vários
países, e o projeto é chamado de ScanPyramids, ou “escaneamento de pirâmides”.
O que eles fazem é utilizar técnicas não invasivas para criar imagens da parte
interna da pirâmide, usando múons, uma partícula elementar semelhante ao
elétron que é apenas parcialmente absorvida pelas rochas.
Este método é chamado
de radiografia múon, e funciona como um tipo de raio-x.
Usando três tipos de técnicas de detecção de múon, com dois equipamentos
instalados dentro da Câmara da Rainha e um fora da pirâmide, os pesquisadores
identificaram o grande espaço vazio.
Esta descoberta é a maior relacionada à
pirâmide desde o século XIX.
Localizada logo acima da Grande Galeria, a maior câmera conhecida na
pirâmide até agora, o espaço tem aproximadamente 30 metros de largura.
“Apesar de ainda não termos informações sobre a função desse espaço,
essa descoberta mostra como a física de partículas pode iluminar a herança
arqueológica global”, escrevem os autores no artigo publicado na revista Nature.
No momento, os pesquisadores do projeto ScanPyramids não querem
especular o que o espaço pode representar em termos arquitetônicos e
históricos, mas eles esperam que sua descoberta possa fornecer aos estudiosos
do Egito mais dados para explicar o que esta câmera poderia representar.
Os pesquisadores apontam que ainda há mais informações a serem obtidas
sobre a localização do espaço.
Ainda não está claro se ele é construído no
nível do solo ou se é inclinado em um ângulo semelhante ao da Grande Galeria.
O motivo da relutância dos pesquisadores em tentar adivinhar a função do
espaço é que as pirâmides são cercadas de especulações sem fundamento que
dificultam o trabalho dos arqueólogos e cientistas.
“Há tantas teorias sobre como as pirâmides foram construídas.
Há tantas
teorias sobre câmeras escondidas em potencial, mas o problema é que essas
teorias são apenas teorias”, explicou a equipe durante a conferência em que os
resultados foram publicados.
“Foi por isso que quando projetamos essa missão, queríamos ser
agnósticos em termos de teorias.
Temos uma nova tecnologia… vamos usá-la sem
nenhuma teoria a priori e ver o que tem dentro desta pirâmide”, explicaram
eles.
Mais informações devem ser publicadas em breve pela equipe do
ScanPyramids. [Science Alert]
Nenhum comentário:
Postar um comentário