Temor de Temer não é ser preso, é perder Marcela
11/07/2018
A pouco mais de seis meses do fim de mandato, Michel Temer teme
que possa voltar a ter problemas com a Justiça. Mas o seu maior receio não é a
prisão. É perder o seu amor. De acordo com a revista “Veja”, numa conversa
recente com um amigo, Temer terá confidenciado que o seu medo é “perder
Marcela”.
Os dois conversaram sobre as dificuldades que Temer
poderá ter de enfrentar com a Justiça depois de deixar o cargo, em especial se
voltar a ser acusado de corrupção. A “Veja” conta que Temer levantou o tom de
voz para dizer: “Sou inocente. Não tenho medo de ser preso e não serei”. Mas,
acrescentou, em confidência, “se eu for preso, o meu medo é perder Marcela”.
Temer, 77
anos, e Marcela, casados Há 15 anos, têm uma diferença de idades de 33 anos. O
presidente brasileiro conheceu-a quando esta, com 19 anos, foi eleita Miss
Paulínia e, diz a revista, “morre de ciúmes dela”.
As suspeitas
de crimes sobre Temer são constantes e ainda em abril disse estar a ser vítima
de “perseguição disfarçada de investigação” no seguimento da informação que a
polícia encontrou indícios de corrupção. Neste caso no âmbito de uma
investigação pelo pagamento de um suborno para a edição de um decreto que terá
favorecido empresas portuárias.
No final do
ano passado chegou mesmo a haver uma votação para a sua destituição, mas a
câmara de deputados decidiu barrar a segunda denúncia, em menos de três meses,
e impedir que o presidente fosse afastado do cargo e julgado pelo Supremo
Tribunal Federal.
A maioria
dos parlamentares considerou que não há motivo, pelo menos por enquanto, para o
presidente ser julgado pelos crimes de organização criminosa e obstrução de
justiça de que era acusado.
Entretanto
Temer continuou a governar e dois anos e dois meses depois de começar, o
governo nomeou o seu 58º ministro. O advogado e desembargador aposentado Caio
Vieira de Mello assumiu o Ministério do Trabalho a pouco menos de seis meses do
fim do mandato de Temer – o presidente do Brasil mais impopular desde o fim da
ditadura militar, em 1985, com apenas 3% de aprovação – no Palácio do Planalto.
Esta foi a
32ª troca de ministros desde maio de 2016, o que significa que, em média, é
como se o governo tivesse um novo ministro a cada duas semanas.
Quando
assumiu a presidência depois do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff de
quem era quem era vice, Temer nomeou 23 ministros. Dilma tinha 32 ministérios
quando deixou o cargo. Ao longo dos últimos 789 dias, novas pastas foram
recriadas, renomeadas ou separadas, e o processo culminou nas atuais 29.
As
presidenciais brasileiras estão marcadas para outubro e Temer diz que há forças
obscuras a impedi-lo de se candidatar à reeleição em novembro, enquanto o
ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou que se irá
candidatar, apesar de estar preso por corrupção desde 7 de outubro, condenado a
uma pena de 12 anos e um mês. Ainda assim lidera as sondagens, seguido do
deputado e militar Jair Bolsonaro.
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