ZÉ DIRCEU E LINDBERGH PEGOS EM LAVAGEM DE DINHEIRO N ANALISE DE NÊUMANNE e ALEXANDRE GARCIA 17-07-18


A Polícia Federal comunicou ao juiz federal Sergio Moro na última sexta-feira (13) que instaurou inquérito para investigar possíveis crimes de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-ministro José Dirceu (PT).

A apuração faz parte do terceiro processo em que Dirceu é réu em ações ligadas à Operação Lava Jato e comandadas por Moro.

O processo acusa Dirceu de, entre 2011 e 2014, ter recebido cerca de R$ 2,2 milhões "sem que houvesse efetiva prestação de serviços" por meio de sua empresa de consultoria.

Os valores envolvidos viriam de um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo contratos entre a Petrobras e as empreiteiras Engevix e UTC.

Gerson Almada, ex-vice-presidente da empreiteira Engevix, também é réu no processo.

Em julho do ano passado, dois meses após a força-tarefa da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) do Paraná ter apresentado a denúncia a Moro, ele disse à PF que os pagamentos eram para Dirceu e se referiam a propinas.

O MPF, então, solicitou que novos inquéritos fossem abertos para investigar as informações de Almada. Em fevereiro passado, ao tornar Dirceu réu, Moro determinou que a PF instaurasse a investigação sobre o recebimento dos valores, o que foi informado na semana passada.

As apurações da PF terão impacto no processo que, por sua vez, ficará parado até fevereiro do ano que vem. Moro disse que "todos os acusados já foram condenados, alguns mais de uma vez, em primeira e segunda instância a penas elevadas".

Dirceu, por exemplo, já foi sentenciado à prisão em seus dois primeiros processos, mas está em liberdade desde junho por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

"O que é necessário é a efetivação das condenações já exaradas e não novas condenações", escreveu Moro em fevereiro passado.

O juiz diz que "ações penais contra multicondenados" dificulta o foco em processos em andamento em que há pessoas que ainda não foram julgadas.

Além de Almada e Dirceu, o irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e Walmir Pinheiro Santana, ex-diretor da UTC e que tem acordo de colaboração com o MPF, também são réus no processo.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Dirceu nesta segunda-feira (16), que manteve a posição apresentada em manifestações anteriores de que a suspensão do processo por Moro demonstrava, "no mínimo, a falta de necessidade ou importância de apurar os fatos nesse momento".


A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que afirma haver indícios de que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) atuou em favor da empreiteira OAS no trâmite de uma medida provisória da época do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Broadcast Político.
A suspeita é de que o parlamentar tenha recebido cerca de R$ 700 mil, entre 2013 e 2014, para defender os interesses da OAS durante o tramite da MP 600/2012, que tratou sobre as licitações de obras em aeroportos. Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, há indícios de que Lindbergh teria influenciado Dilma na propositura dos vetos parciais, para favorecer os interesses da OAS.
A MP foi convertida e sancionada como lei em junho de 2013. Dodge repassou as informações ao STF em manifestação para que o inquérito continue tramitando na Suprema Corte.
O Broadcast Político apurou que o ministro Celso de Mello, relator do processo, aceitou o pedido da PGR e enviou o inquérito à Polícia Federal para conclusão das apurações.
Mensagens encontradas pela PF no telefone celular do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, apontam agendamentos de encontros com o parlamentar para tratar da MP.
Segundo O Globo, os investigadores colheram indícios de que a OAS repassou ao menos R$ 700 mil a Lindbergh através de pagamentos de serviços de publicidade em caixa dois.
O parlamentar disputou o cargo de governador do Rio de Janeiro em 2014 pelo PT.
Na ocasião, foi reeleito Luiz Fernando Pezão, do MDB.

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