A Cadeia Dorsal Mesoatlântica que vai da Antártica, ao Ártico (mapa: pt.wikipedia.org)
A Cadeia Dorsal Mesoatlântica é cordilheira submarina que se estende sob o Oceano Atlântico, e o Oceano Ártico, desde a latitude 54ºS até latitude 87ºN na ilha subantártica de Bouvet, à latitude 54ºS.
A formação da Cadeia Dorsal Meso Atlântica
Sua formação, há 200 milhões de anos, é recente, já que o planeta Terra tem 4,6 bilhões de anos. E deve-se a um limite divergente entre placas tectônicas (afastamento das placas que se movem em sentidos contrários e, em consequência, gerando adição de magma à crosta terrestre submarina): a placa Norte-americana, a placa Euroasiática, no Atlântico Norte; a placa Sul-americana e a Africana no Atlântico Sul. Elas estão em movimento e, por isso, o Atlântico encontra-se em expansão ao longo desta dorsal, no ritmo de 2 a 10 cm por ano.
A descoberta
Sua descoberta aconteceu na década de 1950 por Bruce Heezen, geólogo, e Marie Tharp, geóloga e cartógrafa; a descoberta levou à formulação da teoria de expansão do fundo oceânico e à aceitação da teoria de deriva continental de Alfred Wegener.
Ilhas do Atlântico Norte, e Sul, são os picos da Cadeia Dorsal Mesoatlântica
Treze ilhas, entre os dois hemisférios, são os pontos culminantes da cordilheira submarina. Saiba quais são:
No Atlântico Norte
- Jan Mayen, no Oceano Árctico
- Kolbeinsey, ao norte da Islândia
- Islândia
- Açores, cujo ponto culminante é Pico Alto, na Ilha do Pico, com 2351 m
- Bermudas (Bermuda foi formada na dorsal, mas encontra-se atualmente a oeste da mesma)
- Penedos de São Pedro e São Paulo
No Atlântico Sul
- Ilha de Ascensão (The Peak, Montanha Verde, com 859 m)
- Ilhas Trindade, altitude máxima de 600 m, e Martim Vaz, altitude máxima de 175 metros; localizadas no Atlântico, a cerca de 1 200 km a leste da sede do município de Vitória, ES, do qual faz parte.
- Ilha de Santa Helena (Diana’s Peak, 818 m)
- Ilha de Tristão da Cunha (Queen Mary’s Peak, 2062 m)
- Ilha de Gonçalo Álvares (ou Gough Island), (Edinburgh Peak, com 909 m)
- Bouvet (Olavtoppen, 780 m)
Cadeia Dorsal Mesoatlântica: maior cadeia de montanhas do mundo!
As dorsais submarinas dos oceanos estão conectadas nos polos, formando a maior cadeia de montanhas do mundo, com cerca de 65.000 km de extensão.
Vida marinha na Cadeia Dorsal Mesoatlântica
Vermes tubulares e outras criaturas bizarras serpenteiam nesse ambiente, inclusive peixes e crustáceos. Essas espécies coexistem com nascentes de água quentes o suficiente para derreter chumbo ou as janelas de mini-submarinos. Com cuidado, seres humanos e robôs vêm medindo temperaturas, que chegam a 415ºC.
Peixes e crustáceos na Cadeia Dorsal Mesoatlântica
“Cientistas capturaram peixes a grandes profundidades, a cerca de 2,3 mil metros na Dorsal Meso-Atlântica. O peixe, da espécie Pachycara saldanhai, foi encontrado em uma fonte hidrotermal na cordilheira marinha. Um novo aparelho com o nome de Periscop manteve o animal na sua pressão natural, permitindo que ele pudesse ser trazido para a superfície com vida. Bruce Shillito, biólogo marinho da Universidade Pierre et Marie Curie, em Paris, França, declarou:
… A captura pressurizada já existe há 30 anos, mas esta foi a mais profunda – o recorde anterior era de 1,4 mil metros. É também a primeira vez que uma captura pressurizada aconteceu em uma fonte hidrotermal…
“Os pesquisadores também trouxeram à superfície duas espécies de camarão que foram capturados a 1,7 mil metros de profundidade (Mirocaris fortunata e Chorocaris chacei) e uma achada a 2,3 mil metros de profundidade (Rimicaris exoculata).”
“Um metro quadrado do fundo dos oceanos tem tantas formas de vida como as florestas tropicais”
A declaração é de ninguém menos que a Dra Sylvia Earle, a maior autoridade mundial sobre a vida marinha. Para Daniel J. Fornari, cientista do Woods Hole Oceanographic Institution, em Cape Cod…
agora nós temos olhos e ouvidos numa parte do assoalho marinho realmente dinâmica
Cadeia Dorsal Mesoatlântica deve ser protegida
E por estes motivos, essa é mais uma importante área dos oceanos que deve ser protegida. Antes tarde, que nunca.
Assista o vídeo animação e saiba como se formam os fundos oceânicos
Fontes: pt.wikipedia.org; http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/; http://www.resumov.com.br; http://opiniaoenoticia.com.br; http://noticias.terra.com.br; you tube.
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