“O impacto global de cães domésticos na vida selvagem é muito
subestimado”, diz trabalho realizado na Austrália e publicado em 2017 na
revista Biological Conservation. Os pesquisadores acusam cachorros
de terem levado à extinção 11 espécies australianas. Isso significa que o cão é
o terceiro mamífero mais destrutivo da natureza, atrás apenas dos gatos e roedores.
Os cães se unem em matilhas de até 15
indivíduos e caçam iguanas, pombos, macacos, cágados e até pinguins. Eles
ativam câmeras com sensor de movimento em dezenas de reservas e parques
nacionais no Brasil, e levaram a pesquisadora Ana Maria Paschoal, da Universidade
Federal de Minas Gerais, a tentar descobrir de onde vinham tantos cachorros que
circulavam na Mata Atlântica.
A conclusão da pesquisa publicada em
2012 na revista Mammalia foi chocante: muitos dos cachorros
nem sequer eram de rua ou sem donos, e sim cães que viviam em casas próximas às
reservas e que passavam o dia soltos.
“Todos os cachorros detectados tinham
um dono ou uma pessoa com a qual o animal tinha uma ligação”, afirmou ela em
entrevista ao The Washington Post. Quanto mais populações humanas
havia no entorno da floresta, mais cães transitavam e caçavam por ali.
Cachorros eram os mamíferos que mais ativavam as câmeras com sensores.
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