CHRYSLER TUBOFLITE, O ÚLTIMO PROTÓTIPO PRODUZIDO SOB A ÉGIDE DE VIRGIL EXNER.

 

Chrysler TurboFlite, o último protótipo produzido sob a égide de Virgil Exner


O Chrysler TurboFlite é um protótipo apresentado em 1961, que fica para a história por ter sido o último show car da Chrysler com Virgil Exner como responsável pelo departamento de design da marca. 


No entanto, não foi Exner que o desenhou, isso coube a Jack Kenitz, já no novo departamento Advanced Studio, com a ajuda da Ghia, que tratou da construção do protótipo.

 


O TurboFlite é um protótipo como nenhum outro produzido pela Chrysler, com um design bastante único e extravagante da carroçaria de duas portas. Para começar tem uma cúpula com vidros de tonalidade verde, inspirada na aviação, mais precisamente, nos caças de combate, aliás como todo o automóvel. 

 


Esta cúpula subia ou descia automaticamente consoante as portas se abriam ou fechavam.

A frente foi “afiada” para diminuir o arrasto aerodinâmico e, o que salta mais à vista, é o spoiler traseiro, suportado por duas barbatanas, onde em cada uma está a luz de travão que varia a intensidade, consoante está de noite ou de dia. Este spoiler não serve apenas para a aerodinâmica, mas também funciona como um travão de ar, que é activado quando são pressionados os travões. 


Outro elemento que parece passar despercebido, são os faróis, que apesar de estarem à vista, são escamoteáveis. 




Os farolins traseiros vermelhos tinham uma lâmpada amarela, que acendia caso o condutor desacelerasse.


O interior, o TurboFlite era igualmente futurista, com bancos de desenho atraente construídos em alumínio, luzes eletroluminescentes, assim como estava equipado com um medidor de temperatura dos gases de escape.

A Chrysler tinha planeado equipar o TurboFlite com um motor de turbina a gás de terceira geração, o CR2A de 142cv, algo bastante em voga na época e o próprio nome assim o indicava, mas decidiu não o fazer e o TurboFlite acabou por nunca receber nenhum motor, permanecendo só como modelo estático. No entanto, estava equipado com um sistema eléctrico de 110 volts para dar a possibilidade de todas as funcionalidades poderem ser demonstradas.

O TurboFlite seria apresentado ao público no Salão de Chicago de 1962. Apesar de nunca ter sido produzido, nem era essa a intenção, o TurboFlite empregou vários elementos nos automóveis de competição, como é o caso do spoiler traseiro, que foi adaptado para os Dodge Charger Daytona e Plymouth Superbird, modelos esses de homologação para a NASCAR, assim como a barra de luzes traseira que passou para o Dodge Charger.

https://www.jornaldosclassicos.com/2024/04/18/chrysler-turboflite-o-ultimo-prototipo-produzido-sob-a-egide-de-virgil-exner/

 

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