Vítimas já são sete vezes mais que os registros de 2011
Juliana Ferreira, do R7 MG | 22/08/2012 Em apenas um mês, o número de mortos pelo vírus H1N1 divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) triplicou. No balanço desta quarta-feira (22), a pasta confirmou mais um óbito em decorrência da doença. O último caso foi registrado em Betim, na região metropolitana de BH.
Com outra vítima confirmada na terça (21), em Divinópolis, no centro-oeste mineiro, o Estado já tem 29 óbitos e 81 casos em 2012. Em julho, eram apenas oito vítimas e 28 registros da doença. Mais 173 casos e 14 mortes estão sendo investigados.
As estatísticas revelam que as mortes são sete vezes mais que 2011, que teve quatro óbitos e 28 casos, e nove vezes mais que 2010, que registrou apenas três vítimas e 10 contaminados.
Em nota, a Ses-MG afirma que os índices estão dentro da normalidade e não há risco de surto. Ainda de acordo com a pasta, três tipos do vírus influenza circulam pelo Brasil, e somente 4,8% dos casos notificados ao governo foram causados pelo H1N1.
Segundo a médica Tânia Marcial, membro da Sociedade Mineira de Infectologia, as taxas são esperadas nessa época do ano, quando o vírus circula mais.
— Não é para alarmar, mas as pessoas têm que tomar cuidado, tomarem medidas preventivas e entrarem no tratamento se tiverem sintomas. Todo município tem remédios disponíveis.
Tânia ainda ressalta que os números devem começar a cair, já que o inverno está acabando. A maioria das mortes ocorreram nos meses de junho e julho, quando os termômetros marcam baixas temperaturas.
O médico Estevão Urbano, também membro da Sociedade Mineira de Infectologia, não prevê uma epidemia como a de 2009, quando o Estado registrou 219 mortes e 2929 casos, pois o vírus foi estudado e as pessoas produziram anticorpos.
Mesmo assim, ele explica que a falta de estatísticas das décadas anteriores impede uma análise profunda dos dados atuais.
— Como não temos certeza de onde estamos,isso é um alerta. Temos sempre que pensar no pior. Por isso, temos que aumentar as ações de prevenção. Essas infecções sempre ocorreram, mas não eram dignosticadas. As técnicas atuais melhoraram essa identificação. Muitas mortes inexplicadas poderiam ser vírus da gripe.
Segundo o infectologista, independente de um aumento real ou não, é preciso de um reforço educativo, para que a população saiba prevenir a doença, e um fortalecimento do diagnóstico pela classe médica. Urbano enxerga na vacinação mais ampla uma solução para a diminuição de casos.
— Acredito que a taxa ficou abaixo do ideal. Acho que seria útil uma nova campanha, uma nova massificação. Os casos aumentam muito durante o inverno, mas continuam causando infecção durante todo o ano.
— Acredito que a taxa ficou abaixo do ideal. Acho que seria útil uma nova campanha, uma nova massificação. Os casos aumentam muito durante o inverno, mas continuam causando infecção durante todo o ano.
Em nota, a SES-MG informou que intensificou a prevenção da doença nas áreas mais afetadas, mas que não há planos para uma nova campanha de vacinação.
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