Nova droga bloqueia gene de câncer

   Célula de câncer: atingir a proteína pode ser um novo conceito na criação de medicamentos  Foto: LatinstockSAÚDE
NOVA DROGA BLOQUEIA GENE QUE CONDUZ O CRESCIMENTO DE VÁRIOS TIPOS DE CÂNCER.TESTADO EM RATOS, COMPOSTO FOI CAPAZ DE ATINGIR O TECIDO E PARAR O DESENVOLVIMENTO DO TUMOR
POR O GLOBO
14/09/2014 16:58 / ATUALIZADO 15/09/2014

CÉLULA DE CÂNCER: ATINGIR A PROTEÍNA PODE SER UM NOVO CONCEITO NA CRIAÇÃO DE MEDICAMENTOS – LATINSTOCK

NOVA YORK - QUANDO ESTÁ ATIVA, UMA PROTEÍNA CHAMADA RAL PODE CONDUZIR O CRESCIMENTO DO TUMOR E A METÁSTASE EM DIVERSOS TIPOS DE CÂNCER, COMO O DE PÂNCREAS, PRÓSTATA, CÓLON E BEXIGA. ATÉ AGORA MEDICAMENTOS QUE BLOQUEIAM ESTA ATIVIDADE NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS. MAS UM ESTUDO PUBLICADO NESTE DOMINGO NA REVISTA “NATURE” USA UM NOVO APPROACH PARA ATINGIR A ATIVAÇÃO DESSA PROTEÍNA:
“QUANDO SE PRETENDE EVITAR A MORDIDA DE UM CROCODILO, UM CAMINHO É MANTER A BOCA DELE FECHADA. TENTAMOS UMA NOVA MANEIRA: COLOCAMOS UM PALITO PARA SEGURAR A BOCA DELE ABERTA”, DISSE O PESQUISADOR DAN THEODORESCU, PROFESSOR DE UROLOGIA E FARMACOLOGIA E DIRETOR DO CENTRO DE CÂNCER DA UNIVERSIDADE DO COLORADO. ELE CONDUZIU UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DAS UNIVERSIDADES DO COLORADO, INDIANA, VIRGINIA E YALE. 

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O estudo usou sofisticados modelos de computador para examinar a estrutura da proteína Ral em sua forma “inativa”, buscando especificamente por mudanças em sua estrutura quando a proteína ficava ativa. A Ral “inativa” tem uma cavidade que desaparece quando a proteína se torna ativa. E esta foi “a boca do crocodilo” que os pesquisadores tiveram que segurar.
O trabalho foi colocar 500 mil compostos nesta cavidade, o que resultou em 88 pequenas moléculas candidatas a inativar Ral. Os pesquisadores levaram as descobertas a células humanas cancerígenas para testar qual causaria maior redução na ativação da proteína Ral. Eles encontraram a molécula RBC8, a partir dela sintetizaram o composto que chamaram de BQU57 e testaram em ratos. Horas depois da primeira dose, BQU57 atingiu o tecido do tumor e parou seu crescimento.
— Precisamos otimizar esse composto e testar a toxicidade em diversas espécies de animais, além de determinar se a administração do medicamento será oral ou intravenosa antes de partir para os testes clínicos — disse Theodorescu. — Mas o conceito de atingir proteínas que colaboram com a ativação do câncer pode ser usada para descobrir proteínas que estão por trás de outras doenças — acredita.

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