Um carro familiar movido a energia solar viajou de Los Angeles a San Francisco alimentado apenas pela luz do sol da Califórnia.
O automóvel chamado Stella é capaz de viajar 800 quilômetros com uma única carga, até mais se o dia estiver bastante ensolarado, a 130 quilômetros por hora.
“Foi muito bom ver todas as pessoas olhando para nós, pegando seus smartphones para tirar fotos enquanto estávamos dirigindo”, disse Lex Hoefsloot, gerente do Solar Team Eindhoven.
Hoefsloot é um dos estudantes da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, que projetou e construiu Stella. O que começou como apenas um projeto de faculdade acabou vencendo um desafio de corrida de carro solar mundial na Austrália em 2013, e agora chegou para uma turnê pelos Estados Unidos.
O carro possui quatro lugares e viaja com um Tesla vermelho equipado para trocar informações com ele à frente.
A equipe levou o carro para San Francisco para participar de um evento voltado para um futuro em que as estradas serão mais seguras e menos poluídas, cheias de carros com uma tecnologia que conversa com sinais de trânsito e com outros carros.
Dentro do Stella, um computador tablet no painel mostra o semáforo e faz a contagem regressiva do tempo até que fique verde. Além disso, um transmissor no Tesla avisa Stella onde seu carro “amigo” está e o que está fazendo.
“Achamos que é possível tornar estes carros comerciais em cinco a dez anos, mas é um grande sonho”, disse Hoefsloot.
A tecnologia em Stella não é nova. Se os carros solares fossem produzidos em massa, poderiam ser acessíveis. No entanto, grandes montadoras não entraram em contato com a equipe que produziu o veículo porque acham que ele é “exagerado”, disse Hoefsloot. “Nós pensamos diferente, é claro. É o primeiro carro familiar alimentado por energia solar, só não tem uma família ainda”, conclui.
Smartcar
A capacidade dos veículos de obter dados em tempo real a partir de um outro veículo e da infraestrutura de tráfego é vista como a chave para o futuro dos carros de autocondução, como o da Google, considerados mais seguros.
Carros inteligentes que “falam” uns com os outros e com sinais de trânsito têm o potencial de reduzir acidentes, congestionamentos e poluição.
No entanto, para que os carros se tornem os novos “smartphones”, a indústria automobilística e os governos terão que determinar padrões e práticas a respeito de como esses sistemas de comunicação funcionarão e serão protegidos contra hackers, bem como quem terá direito sobre os dados recolhidos por eles.
Se um acidente ocorrer, a polícia pode obter informações de um carro para provar quem estava errado? Ou o indivíduo pode ter acesso para provar que não fez nada de errado? Essa e muitas outras perguntas, por exemplo, se os proprietários dos automóveis poderão “apagar a memória” de seus veículos, precisam ser pensadas com cuidado. [Phys]
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