Aécio sobe nas pesquisas.

Aécio sobe nas pesquisas. E já fala em sua "primeira semana de governo"

E mais notícias eleitorais desta terça-feira (30)

BRUNO CALIXTO E MARINA RIBEIRO
30/09/2014 21h04 - Atualizado em 30/09/2014 21h16
Aécio Neves (PSDB) em campanha no Mercadão de Madureira, no Rio de Janeiro (Foto: Antonio Lacerda/EFE)
1. Aécio sobe um pouco... e já fala sobre sua "primeira semana de governo"
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, tem motivos para comemorar os resultados das mais recentes pesquisas de intenção de voto. Elas mostram crescimento de Aécio, que já ameaça a segunda colocação de Marina Silva (PSB). Não por acaso, o tucano está tentando passar confiança de que vai ao segundo turno e vencerá as eleições, a ponto de já fazer promessas sobre sua "primeira semana de governo".
Em campanha no Mercadão de Madureira, no Rio de Janeiro, o tucano disse que, se eleito, apresentará ao Congresso ainda na sua primeira semana de governo um projeto para simplificar o sistema tributário do país. "As empresas gastam mais de R$ 40 bilhões para a manutenção da máquina pagadora. Isso não tem lógica e eu quero caminhar na direção da unificação dos impostos indiretos, na direção de um imposto de valor agregado, sempre priorizando o pequeno e o micro empresário. É aí que está a maioria dos empregos", disse, segundo a Folha de S. Paulo. Após falar com jornalistas, Aécio fez uma caminhada e cumprimentou eleitores no Mercadão - e disse que está "otimista" em virar o jogo e ir para o segundo turno.
2. Deputado petista afirma que Correios ajudaram campanha de Dilma

Um vídeo divulgado pelo Estadão mostra o deputado Durval Ângelo (PT) falando durante uma reunião (que mais parecia uma palestra) que os Correios teriam ajudado a campanha de Dilma Rousseff e Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais. Segundo o parlamentar, “se hoje nós temos a capilaridade da campanha do Pimentel [candidato ao governo do Estado] e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa equipe dos Correios”.

Há algumas semanas a presidente já tinha sido acusada de usar a estatal para fazer campanha. Como noticiou O Filtro, santinhos e programas da candidata à reeleição foram enviados sem chancela ou comprovante de que foi uma postagem oficial. Ângelo afirmou ainda no vídeo que o partido fez reuniões com funcionários dos Correios e que Helvético Magalhães, coordenador da campanha de Fernando Pimentel, afirmou que “ia liberar a infraestrutura” da estatal.  A gravação também mostra o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, que não se manifesta durante o trecho. A estatal negou que esteja trabalhando por qualquer campanha.

3. A onça vai beber água

Durante comício na zona sul de São Paulo na noite de segunda-feira, Dilma Rousseff (PT) disse que é hora de ir para a rua e disputar cada voto. "Chegou a hora da onça beber água", disse, usando uma expressão para se referir a um momento de decisão - mas uma escolha curiosa, considerando que São Paulo enfrenta uma forte crise de abastecimento de água. Ao lado de Lula e Alexandre Padilha, e discursando para cerca de 10 mil pessoas, Dilma não poupou críticas ao governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). Ela disse que as principais obras feitas por Alckmin usaram dinheiro do governo federal - e citou o monotrilho, o rodoanel e o metrô. Lula fez o discurso mais longo da noite, e também atacou Alckmin. "Você pergunta para as pessoas sobre segurança e eles falam que está ruim. Pergunta sobre saúde e dizem que está ruim. Se a coisa está tão ruim, porque tem gente que vota no Alckmin?", disse, segundo o Estadão.
 

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Dilma S2  (Foto: Ichiro Guerra/Divulgação)
4. Eduardo Campos "volta" em comício
A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, fez na noite de segunda-feira (29) o último comício em Recife, Pernambuco, antes das eleições de 5 de outubro. Como era de se esperar, o comício foi marcado pela lembrança de Eduardo Campos, que morreu em acidente aéreo em 13 de agosto. Marina subiu no palco do evento acompanhada pela viúva de Eduardo, Renata Campos, que estava abraçada aos filhos. Marina prometeu seguir o posicionamento de Campos contra as lideranças da "velha política" - se referindo a políticos como Paulo Maluf (PP) e José Sarney (PMDB), por exemplo -, e voltou a criticar as "baixarias" dos adversários. O momento de maior emoção no comício foi quando o filho de Eduardo, João Campos, discursou. "Quero dizer para o meu pai que ele fique tranquilo porque enquanto eu, enquanto minha família estiver por aqui, a sua bandeira jamais estará a meio mastro", disse, segundo o Estadão.
5. CPMF volta - mas para assombrar Marina
A rejeição da "nova CPMF", o imposto sobre o cheque, foi uma das maiores de derrotas do primeiro mandato da presidente Dilma. O tema voltou a ser discutido nesta campanha eleitoral, mas desta vez está assombrando Marina Silva. Em pelo menos duas ocasiões nesta campanha, Marina disse que votou a favor da CPMF quando ela foi proposta pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, mesmo sendo do PT na época e, portanto, oposição. Marina disse isso para mostrar que não faz "oposição por oposição" e que vai governar acima de divisões partidárias. O PT não perdeu tempo. Seguindo a estratégia de desconstruir a candidatura de Marina, o PT tenta mostrar que a candidata mentiu. Bem assessorada, Dilma pressionou Marina no último debate e disse que a ambientalista não falou a verdade: ela tinha votado contra o imposto proposto por FHC. Segundo a Folha, os arquivos do Senado mostram que Marina realmente votou contra a CPMF.
O PSB e Marina Silva, no entanto, decidiram se defender dos ataques. Marina afirmou na noite de segunda que o PT usa "fragmentos do processo legislativo" para distorcer os fatos. Segundo o PSB, Marina era a favor da CPMF quando ela foi proposta por FHC, mas acabou votando contra em algumas sessões porque emendas apresentadas no Congresso mudaram o texto inicial, diminuindo a porcentagem de recursos do imposto que deveria ser encaminhada para o combate à pobreza.
6. Marina perde apoio de super-herói
A noite de ontem foi cheia para a campanha de Marina Silva (PSB). Em poucas horas ganhou o apoio do ator americano Mark Ruffalo, que interpreta o super-herói Hulk. Após divulgar um vídeo em que ele demonstrava apoio à campanha, o artista foi informado por internautas que a candidata era contrária ao casamento homoafetivo. O caso se transformou em uma sabatina virtual em que o ator perguntava sobre o posicionamento da campanha. Por fim, o ator retirou o apoio. "Eu não posso, em sã consciência, apoiar um candidato que tem uma abordagem dura em questões como o casamento gay e os direitos reprodutivos, mesmo que o candidato esteja disposto a fazer a coisa certa sobre as questões ambientais”, disse o ator, segundo o G1. Os internautas não perderam tempo e as redes sociais foram invadidas por memes sobre o assunto.
7. Fidélix não se desculpa e continua no próximo debate

Depois das declarações homofóbicas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a candidata à Presidência da República, Luciana Genro (PSOL), entraram com representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a candidatura de Levy Fidélix (PRTB), segundo o G1. Apesar da repercussão negativa, Levy disse que não irá se desculpar. “Eu não falo contra homossexuais, eu falo em defesa do homem e da mulher. Não sou contra a união homoafetiva. Não sou homofóbico e nunca farei isso. Nunca ataquei ninguém. Eu só disse que é eles lá e eu, cá”, afirmou ao portal.

Seu comentário gerou movimentos para que o nanico nas pesquisas não participasse do próximo debate, na quinta-feira na Rede Globo. No entanto, a lei eleitoral define que todos os candidatos com representação na Câmara devem ser convidados a participar dos debates.

8. Nerso da Capitinga em campanha
Atrás nas pesquisas, o candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, foi buscar um reforço para a sua campanha: Nerson da Capitinga, o personagem do humorista Pedro Bismarck. Bismarck já estava gravando para a campanha do também tucano Marconi Perillo, em Goiás, e agora aparece na propaganda eleitoral de Minas.
No programa goiano, Nerso aparece em uma bancada com dinossauros de brinquedo. Os dinossauros representam os adversários de Perillo, como Iris Rezende. No programa mineiro, o personagem também ataca os adversários - no caso, o canditado do PT ao governo, Fernando Pimentel. Mas as críticas são mais diretas. Em um dos programas, por exemplo, Pimentel é acusado de não trazer dinheiro para desenvolver Minas Gerais quando era ministro do Desenvolvimento e, em vez disso, investir em Cuba. A estratégia de ataques está funcionando para Perillo. Se funcionará para Pimenta da Veiga, só a semana decisiva das eleições dirá.
9. Pezão tem mais cabos eleitorais
O candidato que tem maior arrecadação na corrida pelo governo do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), é o que conta com maior número de cabos eleitorais pagos. Ele conta com 1.420 funcionários pagos em todo o Estado, o triplo da equipe declarada por cada um de seus três principais concorrentes, segundo a Folha. Os cabos promovem a campanha segurando bandeiras, cuidando de cavaletes ou colando adesivos. Pezão arrecadou até o início de setembro R$ 13 milhões, quase o dobro de seus principais rivais. O investimento parece estar dando resultado. Ele conta com 31% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope, contra 24% de Anthony Garotinho (PR), segundo o G1.
10. Robôs influenciam debate político

Análise das redes sociais durante o debate presidencial da Record, no domingo (28), mostrou que perfis falsos (controlados por robôs) influenciaram os itens mais populares, outrending topics, no Facebook e Twitter.

O levantamento do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura, da Ufes, feito a pedido da Folha, afirma que as campanhas tentam manipular a discussão nas redes usando programas que são capazes de publicar mensagens de maneira coordenada. Segundo a avaliação, há indícios que o candidato Aécio Neves (PSDB) use tais ferramentas, programadas para retrucar qualquer menção à petista. A campanha nega, ainda que grande parte dos perfis falsos esteja ligada à conta de Eduardo Trevisan, que trabalha na campanha do tucano.

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