Lava Jato
Pressionado pela família, Alberto Yousseff decidiu contar tudo o que sabe sobre o megaesquema de lavagem de dinheiro – inclusive na Petrobras
Gabriel Castro, de Brasília
O doleiro Alberto Youssef: pressão familiar pesou para aceitar o acordo de delação premiada (Folhapress/VEJA)
O doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato da Polícia Federal, aceitou acordo de delação premiada proposto pelo Ministério Público e se comprometeu a entregar tudo o que sabe sobre a engrenagem bilionária que envolvia desvio de recursos públicos, inclusive da Petrobras, e lavagem de dinheiro.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, foi informado da decisão na tarde desta terça-feira. Como é contra a delação, ele está deixando a defesa de Youssef.
O doleiro, que foi preso em março, é peça-chave do esquema que também contava com a participação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Como mostrou VEJA, Costa também aceitou a delação premiada e já entregou aos investigadores nomes de políticos que receberam dinheiro sujo.
Kakay havia se comprometido a defender Youssef no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde que o réu não topasse a delação premiada. O advogado é contra o instituto: "Acho que há uma inversão do papel do Estado, que prende a pessoa e a submete a uma pressão desumana", disse. Segundo Kakay, o pedido de familiares foi decisivo para que Youssef aceitasse o acordo.
Na semana passada, o doleiro foi condenado a quatro anos de prisão por seu envolvimento no caso Banestado, na década de 1990. Com os crimes descobertos pela Polícia Federal na investigação da operação Lava Jato, a pena somada pode chegar a muitas décadas. O acordo de delação pode reduzir o tempo de prisão.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, foi informado da decisão na tarde desta terça-feira. Como é contra a delação, ele está deixando a defesa de Youssef.
O doleiro, que foi preso em março, é peça-chave do esquema que também contava com a participação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Como mostrou VEJA, Costa também aceitou a delação premiada e já entregou aos investigadores nomes de políticos que receberam dinheiro sujo.
Kakay havia se comprometido a defender Youssef no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde que o réu não topasse a delação premiada. O advogado é contra o instituto: "Acho que há uma inversão do papel do Estado, que prende a pessoa e a submete a uma pressão desumana", disse. Segundo Kakay, o pedido de familiares foi decisivo para que Youssef aceitasse o acordo.
Na semana passada, o doleiro foi condenado a quatro anos de prisão por seu envolvimento no caso Banestado, na década de 1990. Com os crimes descobertos pela Polícia Federal na investigação da operação Lava Jato, a pena somada pode chegar a muitas décadas. O acordo de delação pode reduzir o tempo de prisão.
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