A retórica de combate à corrupção, uma das marcas da ascensão de Jair Bolsonaro, começa a ficar seriamente manchada. Sob a alegação de que quem manda é ele, o presidente interferiu em três órgãos que, de alguma maneira, tem colocado a família Bolsonaro em focos de investigação.
Assim se deu na Polícia Federal, com o anúncio da troca do superintendente do Rio, e na Receita Federal, também com substituições em postos de comando em áreas de influência de Bolsonaro – no Estado fluminense. O Coaf, estopim do escândalo que envolve o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), também já mudou de nome e vinculação – agora dentro da estrutura do Banco Central e batizado de UIF (Unidade de Inteligência Financeira).
Afinal, Bolsonaro compromete a independência desses órgãos com o único intuito de proteger Flávio? Quais podem ser as consequências políticas?
O programa hoje analisa as diversas frentes desse tema com as participações do editor do Broadcast, Fernando Nakagawa, da repórter de Brasília, Adriana Fernandes, e do professor da FGV, Michael Mohallen.
Publicado em 22 de ago de 2019 Estadão
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