O Real Digital se tornou uma possibilidade dentro da estrutura econômica brasileira desde 2021. Nesta semana, o Banco Central "deixou escapar" que os primeiros testes dessa moeda tecnológica devem começar ainda em setembro deste ano.
Nenhum comunicado oficial por divulgado. A informação surgiu em uma apresentação feita pelo presidente do Branco Central, Roberto Campos Neto, na última sexta-feira 26 de agosto.
O material mostra que o fim da execução de projetos do Real Digital está prevista para 2023. O cronograma inicial sugeria que a primeira "versão beta" da moeda digital emitida por banco central (CBDC) seria distribuída ainda em 2022, mas a greve dos funcionários da instituição atrasou a programação.
O Banco Central brasileiro recebeu 47 projetos criados por 43 empresas distintas. Nove dessas propostas de uso do Real Digital foram escolhidas pelo Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnologia (LIFT Challenge), as quais incluem: Aave; Banco Santander Brasil; Febraban; Giesecke + Devrient; Itaú Unibanco, B3 e R3; Mercado Bitcoin, Bitrust e CPqD; Tecban e Capitual; VERT, Digital Assets e Oliver Wyman; Visa do Brasil, ConsenSys e Microsoft.
Crédito: Reprodução | Getty Images. Fonte: Getty Images
O que será o Real Digital?
O Real Digital será considerado uma extensão do dinheiro físico garantida e legitimada pelo Banco Central. Sua versão inicial deve funcionar como uma foto digital das cédulas convencionais. Será preciso ter uma carteira virtual diretamente de um agente financeiro autorizado pelo BC para usá-lo, mas não deve ser entendido como uma criptomoeda.
Para os governos, essas moedas digitais podem oferecer "vantagens" como melhor custo-benefício na emissão, maior inclusão financeira e menor custo de transações. De acordo com o site Atlantic Council, pelo menos 90 países pensaram em desenvolver uma CBDC e no mínimo sete tem projetos lançados.
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