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Vorcaro é alvo de operação que investiga
fraude bilionária com títulos falsos
A Justiça Federal de São Paulo manteve,
nesta terça (18), a prisão do banqueiro Daniel Vorcaro,
fundador e controlador do Banco Master.
Ele foi detido no âmbito da Operação Compliance Zero,
da Polícia
Federal, que investiga um esquema de emissão e negociação de
títulos de crédito falsos envolvendo instituições do Sistema
Financeiro Nacional, incluindo o Banco de Brasília (BRB).
Vorcaro foi preso na noite de segunda-feira (18/11), no Aeroporto
de Guarulhos, quando embarcaria para Dubai.
A defesa afirma que o deslocamento já estava programado, pois o
empresário teria anunciado a venda do Master e
viajaria para encontrar os compradores.
Os advogados dizem que sempre se colocaram à disposição das
autoridades e já preparam um pedido de habeas corpus.
A operação da PF aponta que
o Banco
Master teria adquirido carteiras de crédito sem efetuar
pagamento e, posteriormente, revendido os títulos ao BRB,
que teria desembolsado R$ 12 bilhões em apenas dois meses. Segundo o processo,
a prática configuraria fraude e manipulação de informações contábeis.
Ao manter a prisão, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite afirmou
que há “indícios contundentes” de um esquema coordenado para fraudar o sistema
financeiro, enganar órgãos de controle e beneficiar os envolvidos.
O magistrado citou supostas ações de ocultação de dados,
falsidade documental e operações estruturadas para mascarar irregularidades.
O juiz ainda determinou o bloqueio de bens em nome dos filhos
menores de todos os investigados.
Entre os alvos estão:
Augusto
Lima, ex-sócio do Master;
Luiz
Antônio Bull, diretor de Riscos,
Compliance, RH, Operações e Tecnologia;
Ângelo
Antônio Ribeiro da Silva, sócio do Master;
André
Felipe de Oliveira Seixas Maia, diretor
da Tirreno e
sócio da Cartos Fintech;
Paulo
Henrique Bezerra Rodrigues Costa,
presidente afastado do BRB;
Dario
Oswaldo Garcia Júnior, diretor financeiro
afastado do BRB;
Robério
César Bonfim Mangueira;
Além de entidades como Asteba, Asseba, Tirreno
Consultoria e Cartos SCD.
A PF segue
analisando os documentos apreendidos e não descarta novas diligências.

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