Será Amor Livre ou Somente Putaria?


Muito se fala sobre a Nova Revolução Sexual, mas sua definição ainda continua opaca para muita gente. Talvez mesmo porque ela não possa ser definida em palavras soltas. 

A Nova Revolução Sexual carrega uma série de comportamentos e formas de pensar, que não são necessariamente inéditas (daí o nome “Nova” Revolução Sexual, em vez de somente Revolução Sexual) – os hippies, os Tropicalistas, os defensores da contracultura já tinham um pensamentos mais livre de preconceitos e menos rotuladores. 

Até que chegou a AIDS para cortar o barato da ideia do amor livre – como Cazuza, disse – o prazer, tinha virado risco de vida. O retrocesso se instalou.

Agora, anos depois da abertura seguida de um fechamento das mentes na área do sexo e dos relacionamentos, temos presenciado mudanças sutis que indicam uma nova abertura. É uma expansão silenciosa. Talvez você não perceba, pois faz parte dela. 

É como o tio distante que vê o sobrinho depois de anos e fala “Como você está diferente!” , enquanto o menino pensa: “Que babaquice. 

Eu continuo o mesmo.” É difícil perceber mudanças quando estamos inseridas nelas. Se você não acredita, tente pensar em quando casar virgem deixou de ser uma obrigação, por exemplo. Ninguém sabe disso exatamente.
O Guilherme, do Papo de Homem, nos deu a dica de uma matéria muito legal da Revista Trip que fala exatamente disso

A equipe passou um fim de semana com uma turma que, sem pensar em dogmas e modelos convencionais de relacionamento, buscam uma forma de amor mais amplo, com menos rótulos e definições. Pra eles não existe gay, hétero ou bi, já que essas definições nada mais fazem do que limitar as pessoas. 

Eles se referem a essa quebra de padrões como uma forma de “sair do armário” – já que somos ainda muito presos a padrões considerados como corretos pelas gerações passadas. Para assumir que se quer amar, precisa ter coragem. Precisa enfrentar todos que confundem amor livre com putaria.

A matéria se refere a essa nova forma de amar como “amor revolução” – “um movimento sem dogmas. Um caminho sem volta, acreditam, “um ajuste dos tempos” [...] Um atraso cultural. 

Uma solução para um paradigma falido de amor, casamento e monogamia. Um desejo de criação coletiva, de transformação social e espiritual, que se arrasta há gerações e que ganhou uma estética mais clara e exuberante com o movimento hippie. Mas que hoje, em um mundo ainda mais complexo e dinâmico, não cabe mais na datada alcunha. É essa falta de cercas conceituais que deixa tudo mais difícil na hora buscar uma síntese.”

Mas, ao falarmos nesse novo modelo de pensamento, é preciso sempre ter cuidado para não limitarmos essa nova realidade como sendo a única aceitável – hoje ou no futuro  - já que, fazendo isso, estariamos nutrindo preconceito com os que não se adequam com as novas ideias – e é justamente contra o preconceito que estamos lutando. 

Por isso, talvez a melhor forma de lidar com o assunto seja entendendo que há novas possibilidades. Você não precisa se achar infiel se sente vontade de outros corpos além do corpo do seu namorado. Ou não precisa achar que tem que se casar porque seus pais viam essa atitude como algo essencial. 

Ou não precisa entrar em conflito consigo mesmo por não conseguir se encaixar em uma das opcões de orientação sexual determinadas pela sociedade. Talvez a grande revolução desse novo movimento que vem surgindo esteja mesmo em despertar uma tolerância que anda esquecida. 

Estamos muito acostumados a julgar as escolhas do outro e de rotulá-las conforme nossos conceitos e valores. E aí que pecamos.

Trouxemos para vocês um trecho da matéria da Revista Trip. Para lê-la na íntegra, clique no item no final da imagem:

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