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Eleições no Brasil: Causas da Pobreza

 

Eleições no Brasil: Causas da Pobreza – Guerra Política x Ciência Política

Published on outubro 23, 2014 by    ·   No Comments
Um dos passatempos favoritos de sociólogos e demais intelectuais da área social é discutir justamente um dos assuntos menos controversos de toda a área sociológica: as causas da pobreza.

Por que a discussão é inócua? Simples: porque a pobreza é a condição natural do ser humano.

Há muito pouco de complicado ou de interessante na pobreza. A pobreza sempre foi a norma; a pobreza sempre foi a condição natural e permanente do homem ao longo da história do mundo.

As causas da pobreza são bem simples e diretas. Em qualquer lugar em que não haja empreendedorismo, respeito à propriedade privada, segurança jurídica, acumulação de capital e investimento, a pobreza será a condição predominante. Isole um grupo de pessoas em uma ilha, peça para que elas não tenham nenhuma livre iniciativa, proíba a propriedade de bens, e você verá que a pobreza será a condição geral e permanente dessas pessoas.

O que é realmente desafiador é discutir as causas da riqueza; discutir o que realmente eleva as pessoas de sua condição natural (a pobreza) para a opulência e a fartura. O verdadeiro mistério é entender por que realmente existe riqueza.

Se um determinado país pobre quer enriquecer, a primeira medida que ele tem de tomar é criar um ambiente propício ao empreendedorismo, à livre iniciativa e aos investimentos.

O que gera riqueza para um país é divisão do trabalho, poupança, acumulação de capital, capacidade intelectual da população (se a população for inepta, a mão-de-obra terá de ser importada), respeito à propriedade privada, baixa tributação, segurança institucional, segurança jurídica, desregulamentação econômica, moeda forte, ausência de inflação, empreendedorismo da população, leis confiáveis e estáveis, arcabouço jurídico sensato e independente etc.

Um país que persegue os capitalistas, que tolhe a livre iniciativa, que não assegura a propriedade privada, que tributa os lucros gerados pelos investimentos, e que cria burocracias e regulamentações sobre vários setores do mercado é um país condenado à pobreza.

Já um país que respeita a propriedade privada, que fornece segurança jurídica, que fomenta a poupança e que permite a liberdade empreendedorial e a acumulação de bens de capital é um país que sairá da pobreza e em poucas gerações poderá chegar à vanguarda do desenvolvimento econômico.

A real solução para a pobreza não está em um sistema de redistribuição de renda comandado pelo governo. A solução está no aumento da produção. O padrão de vida de um país é determinado pela abundância de bens e serviços.

Quanto maior a quantidade de bens e serviços ofertados, e quanto maior a diversidade dessa oferta, maior será o padrão de vida da população. Quanto maior a oferta de alimentos, quanto maior a variedade de restaurantes e de supermercados, de serviços de saúde e de educação, de bens como vestuário, materiais de construção, eletroeletrônicos e livros, de pontos comerciais, de shoppings, de cinemas etc., maior tende a ser a qualidade de vida da população.

E só é possível aumentar essa produção se houver investimentos em bens de capital, em maquinários e ferramentas mais eficientes. O empreendedor da livre iniciativa, que faz investimentos capitalistas, é o verdadeiro herói da guerra à pobreza.

CIÊNCIA POLÍTICA X GUERRA POLÍTICA

Eu já li muitos livros de ciência política. Todos eles dão sono.

Ciência política tradicional é uma coisa. Guerra politica é o exato oposto.

A turma da ciência política tradicional costuma ver as coisas como elas deveriam ser. Pela guerra política, vemos as coisas como elas são.

Enfim, mesmo que exista uma “marretada” nas pesquisas de intenção de voto de Datafolha e Ibope, é fato reconhecido pela própria campanha de Aécio que ele perdeu pontos femininos por causa do uso do termo “leviana”, diante de Dima Rousseff.

Tudo ocorreu por que o PT joga a guerra política e o PSDB nem tem noção do que isso significa.

Na guerra política, disputam-se posições na mente do eleitorado, dividido em segmentos (regiões, sexo, idade, etc.)

Quando Aécio usou o termo “leviana’, bastou a petista usar a sensibilidade artificial histérica, para ocupar a posição “melhor para as mulheres”.

Mas por que o PT ocupou essa posição primeiro?

O PSDB poderia ter neutralizado o ataque logo que Rui Falcão disse que Aécio era machista, imputando ao PT o rótulo de machista. Deveria reforçar o frame “leviana”, e dizer que “leviana é uma presidente que se finge de ofendida semanas após ter dito que Marina não poderia ser presidente por ter chorado” (ou seja, isso é ser agressivo com mulheres, pois é violência psicológica), e ainda esfregar na cara do PT suas vítimas, como Maria Corina Machdo, Yoani Sanchez e as meninas estupradas pelo pedófilo Eduardo Gaievski.

Observe a munição infinita que o PSDB tinha, e as balas contadas no tambor do PT. E quem atirou primeiro?

Dois principios aqui: na guerra política, o agressor geralmente prevalece, e política é guerra de posição.

Se existiu perdas no eleitorado feminino, é pela falta da compreensão desses dois princípios.

No primeiro momento (GOVERNO LULA), há uma grande sensação de prosperidade. A renda nominal aumenta, os investimentos aumentam, o consumo aumenta e o desemprego cai. Consequentemente, a expansão do crédito faz aumentar a demanda por mão-de-obra em todos os setores da economia, desde indústria e construção civil até os setores de serviço, varejista e comércio em geral. Todos passam a requerer mais mão-de-obra e mais recursos por causa do aumento generalizado da demanda gerada pela expansão do crédito.

Mas, para se manter esta taxa de “crescimento econômico”, é necessário que a expansão do crédito ocorra a uma taxa crescente. Somente um aumento contínuo do crédito, ou seja, somente uma aceleração do crédito permite que os empreendedores de todos os setores mantenham ou aumentem o ganho.

Isso gera uma queda no desemprego e um aumento nos preços e nos salários, o que leva à necessidade de expandir ainda mais rapidamente o crédito para que seja possível manter este ciclo.

Com o tempo, obviamente, toda esta expansão do crédito irá levar tanto a um aumento do endividamento quanto a um acentuado aumento nos preços, o que fará com que o Banco Central suba os juros para “esfriar” essa atividade econômica. Caso a expansão do crédito seja reduzida ; basta apenas que ele passe a crescer a taxas menores, todo este arranjo “virtuoso” (na realidade, totalmente artificial) se arrefece.

fonte: diversos autores

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