Além do impeachment, governo Dilma terá Gilmar no comando do TSE em 2016
QUI, 10/12/2015 - 19:04
Com o fim do mandato de Dias Toffoli, Gilmar Mendes, hoje vice no TSE, assumirá a Corte que investiga se a campanha de Dilma foi contaminada pelo esquema da Lava Jato
Jornal GGN - O ano de 2016, inevitavelmente, seria um ano conturbado, em função das crises política e econômica e das eleições municipais. Mas para Dilma Rousseff (PT) esboça-se um cenário especial. Além de lidar com o processo de impeachment - que deve ganhar gás na Câmara após o recesso parlamentar - o Planalto assistirá à troca do comando do Tribunal Superior Eleitoral, onde existe uma ação do PSDB pedindo a cassação do mandato da presidente e do vice, Michel Temer (PMDB).
Hoje, o presidente da Corte é Dias Toffoli, cujo mandato termina em maio de 2016. Como o TSE costuma alçar o vice à presidência, quem assumirá os trabalhos no lugar de Toffoli é o ministro Gilmar Mendes, ao lado de Luiz Fux.
Critico ferrenho do governo petista, Gilmar já deu sinais de que, por ele, a ação de cassação de mandato eletivo contra Dilma tramitaria na velocidade da luz, e a reboque da Operação Lava Jato. O ministro deu o primeiro voto admitindo a denúncia do PSDB e indicou que os dados colhidos na operação na Petrobras poderiam ajudar a desvendar os possíveis crimes eleitorais.
Em coluna publicada nesta quinta (10), além de lembrar da eleição no TSE, Tales Faria, do Fato Online, também destacou que durante o recesso do Supremo Tribunal Federal - que discutirá na próxima quarta (16) o rito do impeachment - o ministro de plantão será Ricardo Lewandowski, para "desespero" de Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara.
Por Tales Faria
Do Fato Online
Pois bem, o ano está praticamente acabando e não há mais entre os políticos quem aposte numa decisão do Congresso ainda neste mês de dezembro sobre o impeachment.
E vem aí o recesso parlamentar, a partir do dia 22. Oficialmente, o Congresso só voltaria a funcionar em fevereiro, mas os trabalhos podem ser antecipados para a segunda quinzena de janeiro, segundo afirma o presidente do Senado, Renan Calheiros.
De qualquer maneira, haverá recesso.
Também a Justiça entrará de férias a partir do próximo dia 20, só voltando a funcionar em 2 de fevereiro. E logo ali, em março, o que ocorre?
Ocorre que o ministro Gilmar Mendes assume a presidência do TSE.
Gilmar, como se sabe, é considerado um ministro radicalmente de oposição ao governo Dilma Rousseff. E é sob sua batuta que passará a tramitar o processo que corre no Tribunal contra a chapa Dilma-Temer nas últimas eleições.
Daí porque o senador Aécio Neves (PSDB/MG), provável candidato tucano em caso de antecipação das eleições, anda com sorriso de orelha a orelha pelos corredores do Congresso.
A propósito, durante o recesso do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal passa a funcionar em regime de plantão. E quem será o ministro de plantão?
Pois é. Para desespero do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, estará de plantão Ricardo Lewandowski, um dos ministros considerados mais próximos do governo Dilma Rousseff.
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