Drone filma narvais usando chifre para se
alimentar no mar; veja
Vídeos feitos por drones têm captado momentos da vida selvagem que antes
eram impossíveis de ser testemunhados.
O último flagra marinho é a alimentação
de narvais no nordeste do Canadá, em Nunavat.
O vídeo ajuda a explicar um mistério antigo: por que essas baleias raras
têm um dente canino longuíssimo voltado para frente, lembrando o chifre de um
unicórnio?
Esses “chifres” podem chegar a 2,7m e já levantaram várias hipóteses
sobre sua existência.
Uma delas é que serviria para ajudar na navegação, em batalhas
por território e até a de que o tamanho do dente seria proporcional ao tamanho
dos testículos.
No final das contas, o vídeo mostra as baleias usando os caninos para
caçar bacalhaus do Ártico.
Pela primeira vez ficou claro que o canino dos
narvais é um apêndice com várias funções.
Em 2016, pesquisadores também
descobriram que os chifres ajudam os narvais a “ver” como nenhuma outra espécie
no mundo, com um sistema de ecolocalização totalmente único em relação às
outras baleias.
Como golfinhos e outras baleias, o narval pode navegar em águas escuras
ao produzir um som de clique com velocidade de mil cliques por segundo.
Com
base nos ecos desses sons, é possível construir mentalmente o tipo de ambiente
ao seu redor, como a presença de rochas ou outros obstáculos.
Como o canino do
narval é incrivelmente sensível, ele consegue captar melhor que as outras
baleias os estímulos do eco.
Por conta dessa sensibilidade no canino, o apêndice não é utilizado de
forma agressiva.
É possível notar no vídeo que a caçada é realizada de forma
“gentil”.
Isso também é um indicativo do enorme custo que uma batalha entre
narvais representa para os indivíduos, já que eles usam uma região do corpo
muito sensível como arma de ataque e defesa.
Os drones foram operados por Adam Ravetch, do World Wildlife Fund (WWF)
e por pesquisadores da Fisheries and Oceans do Canadá.
“Essa é uma observação completamente nova de como o canino é usado”, diz
Brandon Laforest, um especialista em espécies árticas do WWF-Canadá, em
entrevista para o National Geographic.
A análise do comportamento observado nos vídeos ainda não foi publicada
em revistas com revisão de outros cientistas, portanto esta pesquisa ainda está
em fase inicial e não foi confirmada.
Mesmo assim, não deixa de ser um registro
único da alimentação desses animais especiais.
Confira:
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