
Delúbio passará a noite na
unidade em São Paulo enquanto aguarda decisão sobre sua transferência.
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares se entregou nesta quinta-feira
(24) na sede da Polícia Federal em São Paulo.
Ele vai cumprir mandado de prisão
expedido pela Lava Jato em Curitiba após o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da
4ª Região) negar os últimos recursos do petista e determinar a execução
provisória da pena.
Segundo a assessoria de
comunicação da PF, Delúbio passará a noite na unidade em São Paulo enquanto
aguarda decisão sobre sua transferência.
O ex-tesoureiro foi condenado pelo juiz Sergio Moro sob acusação
de lavagem de dinheiro por ter solicitado, segundo o Ministério Público
Federal, um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões em favor do PT, em 2004.
O financiamento solicitado por Delúbio foi obtido no banco
Schahin pelo pecuarista José Carlos Bumlai e parte dos recursos -R$ 6 milhões-
foi repassada ao empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande
ABC.
Os investigadores do caso suspeitam que o motivo da extorsão
tenha sido a compra do silêncio sobre o caso Celso Daniel, prefeito petista de
Santo André (SP) assassinado em 2002.
A suspeita, no entanto, não foi
esclarecida nem constitui objeto da denúncia.
Em março deste ano, o tribunal aumentou a pena de Delúbio de
cinco para seis anos de prisão, por lavagem de dinheiro.
Na quarta (23), os
juízes da 8ª turma entenderam que não cabiam embargos de declaração da decisão.
Também foram condenados nesta ação o economista Luiz Carlos
Casante e os empresários Ronan Maria Pinto, Natalino Bertin e Enivaldo
Quadrado.
OUTRO LADO
Em nota, a defesa de Delúbio reafirmou que ele nunca pediu
qualquer empréstimo ao Banco Schain em nome do PT ou qualquer pessoa.
"Em nenhum momento se indicou no processo algum ato de
Delúbio para 'lavar dinheiro', apenas se presumiu que ele 'deveria saber' que
houve lavagem de dinheiro", escreveu o advogado Pedro Medeiros.
A defesa também se disse confiante, ainda assim, na Justiça
brasileira, "que há de reparar essas injustiças o quanto antes, não
permitindo que se submeta a uma pena ilegal em regime fechado". Com
informações da Folhapress.
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