O presidente eleito Jair Bolsonaro disse mais de uma
vez que vai cortar a propaganda estatal da Folha
de S.Paulo, por causa das matérias do jornal contra a sua
candidatura.
Bolsonaro não deve se igualar a Lula, que tirou os recursos das
publicações que o desagradavam e despejou milhões nos blogs sujos que o
adulavam e escondiam as roubalheiras da era petista.
Mario Sabino assim
coloca, em artigo da Crusoé,
essa questão: “Jair Bolsonaro tomaria a atitude correta se cortasse
integralmente a propaganda estatal de todas as publicações impressas, digitais
e emissoras de rádio e TV. Falem bem ou mal do seu governo.”
E por que essa seria a
atitude correta?
Primeiro porque impediria o governo de exercer pressões indevidas
sobre esta ou aquela publicação ou emissora, facilitando, por outro lado, a
vida da “imprensa amiga”.
Segundo porque sem a “droga financeira administrada pelos
governos”, como diz Sabino, jornais e emissoras ficariam livres para exercer
seu verdadeiro papel.
A vigilância sobre os poderosos.
É fundamental constatar que a imprensa não está vigilante como
deveria.
Pense que diferença faria se todos estivessem vigilantes há exatos
quatro anos.
Às vésperas da reeleição de Dilma Rousseff, em outubro de 2014, as
verdadeiras intenções da ex-presidente não eram plenamente conhecidas.
E o resultado foi
catastrófico:
O que Dilma prometeu em out/2014
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Impacto na economia até o
impeachment
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Baixar
a conta de luz
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Apagão
e tarifaço
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Retomada
do crescimento
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O
PIB despencou e chegou a 3,85% negativos
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Controlar
a inflação
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A
inflação saltou de 6,40% para 10,67%
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Não
elevar juros
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A
Selic chegou a 14,25%
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Geração
de emprego
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A
taxa de desemprego cresceu 90%
|
Economia não admite
experiências de laboratório. Erros cobram seu preço e as consequências podem se
estender por gerações.
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