Publicado em 22 de abr de 2019
A assessoria de Raquel Dodge diz que a PGR se
manifestará no “momento oportuno” sobre a decisão de Alexandre de Moraes de
rejeitar o arquivamento do inquérito inconstitucional que acabou levando a
censura à Crusoé e a O Antagonista. Moraes continua dizendo que a informação
sobre Toffoli ser “o amigo do amigo de meu pai”, segundo Marcelo Odebrecht,
estava em documento sigiloso. Não é verdade. Estava nos autos da Lava Jato,
como a Crusoé já repetiu exaustivamente. Em Lisboa, Alexandre de Moraes também
afirmou que nem tudo o que será apurado no inconstitucional inquérito do STF
passará pela Procuradoria-Geral da República. Ele comentou assim o fato de
Raquel Dodge ter recomendado o arquivamento do inquérito: “A doutora Raquel
Dodge tem a sua opinião. É lícito que o Ministério Público tenha sua opinião.”
E mais: “O Judiciário não precisa concordar com as posições do MP. Até porque,
e isso é importante ressaltar e constou em minha decisão, não necessariamente
os crimes a serem investigados, os fatos a serem punidos serão de atribuição da
PGR.” Em Lisboa para o evento jurídico do IDP, de Gilmar Mendes, o ministro
Alexandre de Moraes também sinalizou que o inquérito aberto por Dias Toffoli
para apurar supostos ataques ao STF vai continuar. “Nós vamos continuar
investigando, principalmente – e esse é o grande objetivo do inquérito aberto
por determinação do presidente do Supremo – as ameaças aos ministros do STF.”
Segundo o ministro, há “um verdadeiro sistema que vem se montando para retirar
credibilidade das instituições”. “Foi necessária a abertura de um inquérito por
parte do Supremo Tribunal Federal porque inúmeros fatos foram ocorrendo. Vários
ofícios partiram, nos últimos cinco seis meses, da presidência do Supremo
pedindo alteração, e infelizmente não houve apuração devida. Isso concentra
essa apuração para depois distribuir aos órgãos competentes.”
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