O presidente Jair Bolsonaro gosta de comparar sua relação com colaboradores a casamentos.
Ainda na eleição, ele usou o recurso para garantir ao público que sua ligação com o então candidato a ministro da Economia, Paulo Guedes, seria duradoura.
O “casamento” agora é com o vice, Hamilton Mourão.
O presidente diz que tudo vai bem, mas até as melhores uniões vivem seus momentos de crise.
Embora, publicamente, Bolsonaro e Mourão tentem aparentar normalidade, nos bastidores o clima não é nada bom.
Isso porque, no coração do governo, é travada uma guerra intensa, que atingiu o ápice nos últimos dias.
De um lado, a ala mais radical do bolsonarismo, que inclui o filho do presidente, Carlos Bolsonaro.
De outro, Mourão.
É o que revela uma reportagem do jornalista Igor Gadelha publicada pela revista Crusoé.
Leia este trecho:
“A fogueira já não precisava mais de gasolina. Mourão, nos bastidores, dava sinais claros de descontentamento. Não só com Carlos, mas com o próprio Jair Bolsonaro. Segundo interlocutores, o vice ficou especialmente irritado ao ler notícias de que o presidente estaria incentivando os ataques. Na terça-feira, o vice se queixou diretamente a Bolsonaro. Acordou cedo e chegou à reunião ministerial no Palácio da Alvorada antes dos demais ministros para conversar com o presidente sobre o assunto. Ficou combinado que haveria um esforço conjunto para evitar mais confusão. Dali em diante, os dois fizeram questão de dizer que os ataques eram ‘página virada'”.
A reportagem vai além.
Fornece informações exclusivas sobre os objetivos e as estratégias de cada um dos principais envolvidos nessa disputa.
A bandeira branca está longe de ser hasteada.
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