Bizzarrini
Monoposto: o protótipo de um monolugar que nunca competiu.
Giotto Bizzarrini, logo após terminar o curso de engenharia, ingressou na Alfa Romeo em 1953, indo para a Ferrari em 1957, demonstrando sempre uma habilidade fora do comum, que culminou na criação do Ferrari 250 GTO.
Pouco depois de deixar a Ferrari, foi
contratado pela Lamborghini para criar um novo motor V12. Antes de fundar a sua
própria marca, Giotto ainda passou pela Iso Rivolta.
A ideia primordial de Giotto era produzir automóveis de competição através da sua marca, no entanto, não havia os fundos necessários para tal.
Em 1965, o francês Regis Fraissinet contactou a Bizzarrini para produzir de raíz um monolugar de competição, equipado com o motor V8 327 do Chevrolet Corvette.
Não se sabe
ao certo qual a competição onde Regis queria ingressar com este monolugar, mas
o certo é que para a Fórmula 1 não seria.
A Bizzarrini iniciou então o desenvolvimento do monolugar, eventualmente com a ajuda da Vincenzo Catarsi Engineering devido aos emblemas nas laterais, com um chassis tubular construído em aço, coberto com uma carroçaria em fibra de vidro e o motor do Corvette montado na traseira.
O motor de 5,4 litros viu a sua potência aumentar dos 375cv para os 420cv, com a adopção de quatro carburadores Weber e duas cabeças do motor novas.
Acoplado ao motor estava uma caixa manual de cinco velocidades da ZF. A suspensão é independente nas quatro rodas, com amortecedores Koni.
A travagem é de disco também nas quatro rodas, estando numa
posição inboard na traseira.
O interior tem uma backet estufada e um volante Personal em madeira, itens pouco comum num automóvel monolugar.
A instrumentação consiste num conta-rotações
Veglia Borletti e instrumentos auxiliares da Jaeger.
Regis
acabaria por não conseguir conduzir o automóvel, devido à elevada potência, e
então Giotto deu-lhe algumas acções da empresa para ele fazer propaganda da
marca, utilizando o Monoposto para lançar a ideia de que iria ingressar na
Fórmula 1.
O automóvel acabaria por nunca competir e Giotto acabaria por ficar com ele até aos anos 70.
Foi vendido nos anos 80 e exportado para os EUA, onde permanece até hoje.
Em 2008 foi submetido a um restauro para
o deixar em estado de concurso.
Este exemplar único do Bizzarrini Monoposto de 1965
foi levado a leilão no passado em Maio de 2022, através da plataforma da Bring
a Trailer, sendo vendido por 115 mil dólares, cerca de 109 mil euros.
https://www.jornaldosclassicos.com/2025/09/25/bizzarrini-monoposto-o-prototipo-de-um-monolugar-que-nunca-competiu/





















Nenhum comentário:
Postar um comentário