qua , 27/7/2011
Redação Época
O governo de São Paulo vai iniciar, neste ano, os testes de um novo tipo de cobrança de pedágio: a cobrança por quilômetro rodado. A experiência será feita em três cidades do interior, Campinas, Indaiatuba e uma terceira ainda a ser definida, informa a Folha de S.Paulo. Para usar o sistema, os motoristas terão de possuir adesivos inteligentes em seus veículos, "tags" que armazenam e transmitem dados para sensores instalados ao longo da estrada. Com o registro da distância percorrida, é calculado o valor do pedágio – o preço por quilômetro ainda não está definido – e cobrado por meio de cartões de débito ou crédito, com pagamento pré-pago ou pós-pago.
Para ser viável economicamente, o sistema exige 80% de utilização pelos motoristas que trafegam nas estradas. O Sem Parar, único mecanismo de cobrança eletrônica existente hoje, já é usado por metade dos motoristas que trafegam nas estradas. Enquanto o Sem Parar cobra R$ 66,72 pela adesão, o governo quer oferecer grátis o dispositivo a ser instalado nos carros a fim de massificar a utilização da tecnologia. |
O governo afirma que pretende manter o novo sistema e o existente. A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) diz, contudo, que os dois não sobrevivem juntos. Uma dificuldade para eliminar as atuais praças de pedágio é o fato de que os carros de outros Estados não teriam os chips para usar o sistema de cobrança por quilômetro. Se as placas eletrônicas dos veículos fossem implantadas em todo o país, essa questão seria resolvida (aliás, um sistema eletrônico de identificação nacional de veículos traria outros benefícios, como agilidade para cobrança de multas, identificação de veículos roubados).
Se os dois sistemas forem mantidos, que a concorrência possa baixar os preços cobrados hoje dos sistemas eletrônicos, como o Sem Parar. Reportagem de ÉPOCA no mês passado mostra como, nas estradas onde apenas uma empresa atua no mercado de pedágio automático, o serviço é mais caro do que onde há mais de uma opção para o motorista.
Liuca Yonaha
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