22 de novembro de 2011 - 07:23
Da Redação
Desde 1972 temos corridas de Fórmula 1 no Brasil, mas só no ano seguinte que elas passaram a valer pontos no calendário da categoria. Em 40 edições do evento, os pilotos brasileiros venceram nove vezes.
Poderiam ser dez vitórias se, em 1982, Nelson Piquet não tivesse sido desclassificado após a prova devido à irregularidades em seu carro juntamente com o então segundo colocado, Keke Rosberg, abrindo caminho para o primeiro triunfo de Alain Prost, o recordista de vitórias no GP Brasil com seis conquistas.
O Amigos da Velocidade – Yahoo traz agora uma retrospectiva, em vídeo, com as nove vitórias nacionais no Grande Prêmio do Brasil.
1973 – Rato de cabo a rabo
Na primeira edição válida para o mundial, realizada em fevereiro daquele ano, a pole ficou com Ronnie Peterson (Lotus), mas para a alegria da torcida brasileira, Emerson Fittipaldi (Lotus) se impôs por completo durante o evento. Ele pulou na liderança logo na largada e ali ficou até a bandeirada final. Jackie Stewart (Tyrrell) foi o segundo e Denny Hulme (McLaren) chegou em terceiro.
1974 – A chuva interrompeu a prova...
Emerson, agora na McLaren, largou na pole, mas foi superado nos primeiros metros por Carlos Reutemann (Brabham) e Ronnie Peterson (Lotus). Porém, a dupla comandou apenas 15 das 32 voltas, já que Fittipaldi conseguiu se recuperar e assumiu a liderança. Na volta 32, a bandeira vermelha seguida da quadriculada foi exibida devido a chuva que caia sobre São Paulo. Emerson vencia pela segunda e última vez em casa, com Clay Regazzoni (Ferrari) e Jacky Ickx (Lotus) completando o pódio.
1975 – A única vez de Moco
A pole, desta vez, não foi brasileira e sim francesa. Jean-Pierre Jarier (Shadow) conquistou a posição de honra e foi superado nas primeiras voltas por Carlos Reutemann (Brabham). O piloto da Shadow recuperou o primeiro lugar e tudo fazia crer que ele venceria pela primeira vez na carreira, mas na volta 32 o sistema de combustível apresentou problemas e ele teve que encostar o carro. A liderança ficou com José Carlos Pace (Brabham), que comandou a corrida até a bandeirada, vencendo pela primeira e única vez na carreira. A festa foi ainda maior porque Emerson Fittipaldi levou seu McLaren ao segundo lugar. Jochen Mass (McLaren) completou o pódio.
1983 – Piquet vence na sua cidade natal
Keke Rosberg (Williams) levava o número 1 no carro e ainda fez a pole para a primeira corrida do ano, mas a esperança da torcida estava depositada no carro azul e branco número 5 que saia na quarta posição no grid e que era pilotado pelo carioca Nelson Piquet. Para o brasileiro, uma vitória em casa era questão de honra, já que no ano anterior ele venceu, mas não levou devido a problemas com o peso do carro. O sueco naturalizado finlandês saiu na pole, mas sua alegria durou apenas seis voltas. Depois, Piquet assumiu a ponta e ali ficou até a bandeirada. Na pista, Keke foi o segundo e Niki Lauda (McLaren) chegou em terceiro, mas Rosberg foi desclassificado devido ao fato de ter tido o carro incendiado nos boxes e ser empurrado para regressar a prova.
1986 – Outra dobradinha brasileira em casa
A abertura da temporada deste ano teve Ayrton Senna (Lotus) largando na pole, com Nelson Piquet largando ao seu lado com a Williams. Contudo, quando os pilotos chegaram ao antigo retão de Jacarepaguá, Nigel Mansell tentou tomar a liderança e levou uma fechada que o fez tocar no muro e abandonar a corrida. Dali em diante, Piquet assumiu a ponta, que só perdeu por sete voltas quando das paradas de boxe. Nelson venceu, com Senna em segundo e Jacques Laffite (Ligier) em terceiro.
1991 – A santa sexta marcha
Depois de cinco anos de espera, o Brasil voltou a ver um piloto da casa vencendo. Ayrton Senna (McLaren) saiu na pole e aguentou o assédio de Nigel Mansell por 59 voltas, quando o câmbio do inglês cedeu e ele teve que abandonar. Pouco depois, o brasileiro não conseguia mais trocar as marchas e viu Riccardo Patrese (Williams) se aproximando. Mas a vontade de vencer diante de seu público e a superação falaram mais alto e Senna conseguiu quebrar seu tabu pessoal. Gerhard Berger (McLaren) completou o pódio.
1993 – A segunda vez e lavando a alma
A Williams dominou a primeira fila do grid de largada com Alain Prost e Damon Hill. Senna saiu apenas em terceiro e durante as primeiras voltas pulou para segundo, mas o inglês recuperou a posição. Tudo ia bem para o time de Frank Williams até que a chuva começou a aparecer no circuito paulistano. A precipitação foi fatal para Prost, que rodou no S do Senna e ainda acertou o bico de Christian Fittipaldi (Minardi), justamente no período em que o Safety Car estava na pista. Quando o mesmo voltou ao box, Senna precisou de pouco tempo para fazer uma ultrapassagem sobre Hill, antes do Laranjinha, que empolgou a torcida. Schumacher foi o terceiro com a Benetton, mas o que importava era a festa dos torcedores, que invadiram a pista para comemorar com Ayrton e este retribuiu a atenção dos fãs. No pódio ainda tivemos um momento especial: o pentacampeão mundial Juan Manuel Fangio entregou o troféu de vencedor para Senna.
2006 – Dia de adeus, bi e de Massa
A prova em Interlagos marcou o primeiro adeus da F1 por parte de Michael Schumacher, que estava numa tarde inspirada. Ele brigou com Giancarlo Fisichella (Renault) em duas ocasiões, mas o alemão não chegou à vitória, que aliada a um possível abandono de Fernando Alonso (Renault) daria a ele o oitavo título mundial. O espanhol foi o segundo colocado à frente de Jenson Button (Honda). O vencedor foi Felipe Massa, que deu ao Brasil sua oitava vitória em casa após 13 anos.
2008 – O dia do quase
Interlagos já tinha visto decisões de título nos três anos anteriores, mas pela primeira vez poderia ver um piloto brasileiro ser consagrado campeão mundial aqui. Felipe Massa fez sua parte, conquistando a pole e venceu, mas para ficar com o título ele dependia de um sexto lugar de Lewis Hamilton (McLaren) e ele quase aconteceu. Faltando duas voltas para o fim ele estava em quinto e foi superado por Sebastian Vettel (Toro Rosso), e a conta era suficiente para o ferrarista ficar com o título empatado em pontos, mas com o desempate se dando no número de vitórias. Porém, os pneus de Timo Glock (Toyota) estavam desgastados e na curva da Junção ele acabou abrindo caminho para a ultrapassagem (e o título) do inglês. Massa foi campeão por 30 segundos em casa.
Desde 1972 temos corridas de Fórmula 1 no Brasil, mas só no ano seguinte que elas passaram a valer pontos no calendário da categoria. Em 40 edições do evento, os pilotos brasileiros venceram nove vezes.
Poderiam ser dez vitórias se, em 1982, Nelson Piquet não tivesse sido desclassificado após a prova devido à irregularidades em seu carro juntamente com o então segundo colocado, Keke Rosberg, abrindo caminho para o primeiro triunfo de Alain Prost, o recordista de vitórias no GP Brasil com seis conquistas.
O Amigos da Velocidade – Yahoo traz agora uma retrospectiva, em vídeo, com as nove vitórias nacionais no Grande Prêmio do Brasil.
1973 – Rato de cabo a rabo
Na primeira edição válida para o mundial, realizada em fevereiro daquele ano, a pole ficou com Ronnie Peterson (Lotus), mas para a alegria da torcida brasileira, Emerson Fittipaldi (Lotus) se impôs por completo durante o evento. Ele pulou na liderança logo na largada e ali ficou até a bandeirada final. Jackie Stewart (Tyrrell) foi o segundo e Denny Hulme (McLaren) chegou em terceiro.
1974 – A chuva interrompeu a prova...
Emerson, agora na McLaren, largou na pole, mas foi superado nos primeiros metros por Carlos Reutemann (Brabham) e Ronnie Peterson (Lotus). Porém, a dupla comandou apenas 15 das 32 voltas, já que Fittipaldi conseguiu se recuperar e assumiu a liderança. Na volta 32, a bandeira vermelha seguida da quadriculada foi exibida devido a chuva que caia sobre São Paulo. Emerson vencia pela segunda e última vez em casa, com Clay Regazzoni (Ferrari) e Jacky Ickx (Lotus) completando o pódio.
1975 – A única vez de Moco
A pole, desta vez, não foi brasileira e sim francesa. Jean-Pierre Jarier (Shadow) conquistou a posição de honra e foi superado nas primeiras voltas por Carlos Reutemann (Brabham). O piloto da Shadow recuperou o primeiro lugar e tudo fazia crer que ele venceria pela primeira vez na carreira, mas na volta 32 o sistema de combustível apresentou problemas e ele teve que encostar o carro. A liderança ficou com José Carlos Pace (Brabham), que comandou a corrida até a bandeirada, vencendo pela primeira e única vez na carreira. A festa foi ainda maior porque Emerson Fittipaldi levou seu McLaren ao segundo lugar. Jochen Mass (McLaren) completou o pódio.
1983 – Piquet vence na sua cidade natal
Keke Rosberg (Williams) levava o número 1 no carro e ainda fez a pole para a primeira corrida do ano, mas a esperança da torcida estava depositada no carro azul e branco número 5 que saia na quarta posição no grid e que era pilotado pelo carioca Nelson Piquet. Para o brasileiro, uma vitória em casa era questão de honra, já que no ano anterior ele venceu, mas não levou devido a problemas com o peso do carro. O sueco naturalizado finlandês saiu na pole, mas sua alegria durou apenas seis voltas. Depois, Piquet assumiu a ponta e ali ficou até a bandeirada. Na pista, Keke foi o segundo e Niki Lauda (McLaren) chegou em terceiro, mas Rosberg foi desclassificado devido ao fato de ter tido o carro incendiado nos boxes e ser empurrado para regressar a prova.
1986 – Outra dobradinha brasileira em casa
A abertura da temporada deste ano teve Ayrton Senna (Lotus) largando na pole, com Nelson Piquet largando ao seu lado com a Williams. Contudo, quando os pilotos chegaram ao antigo retão de Jacarepaguá, Nigel Mansell tentou tomar a liderança e levou uma fechada que o fez tocar no muro e abandonar a corrida. Dali em diante, Piquet assumiu a ponta, que só perdeu por sete voltas quando das paradas de boxe. Nelson venceu, com Senna em segundo e Jacques Laffite (Ligier) em terceiro.
1991 – A santa sexta marcha
Depois de cinco anos de espera, o Brasil voltou a ver um piloto da casa vencendo. Ayrton Senna (McLaren) saiu na pole e aguentou o assédio de Nigel Mansell por 59 voltas, quando o câmbio do inglês cedeu e ele teve que abandonar. Pouco depois, o brasileiro não conseguia mais trocar as marchas e viu Riccardo Patrese (Williams) se aproximando. Mas a vontade de vencer diante de seu público e a superação falaram mais alto e Senna conseguiu quebrar seu tabu pessoal. Gerhard Berger (McLaren) completou o pódio.
1993 – A segunda vez e lavando a alma
A Williams dominou a primeira fila do grid de largada com Alain Prost e Damon Hill. Senna saiu apenas em terceiro e durante as primeiras voltas pulou para segundo, mas o inglês recuperou a posição. Tudo ia bem para o time de Frank Williams até que a chuva começou a aparecer no circuito paulistano. A precipitação foi fatal para Prost, que rodou no S do Senna e ainda acertou o bico de Christian Fittipaldi (Minardi), justamente no período em que o Safety Car estava na pista. Quando o mesmo voltou ao box, Senna precisou de pouco tempo para fazer uma ultrapassagem sobre Hill, antes do Laranjinha, que empolgou a torcida. Schumacher foi o terceiro com a Benetton, mas o que importava era a festa dos torcedores, que invadiram a pista para comemorar com Ayrton e este retribuiu a atenção dos fãs. No pódio ainda tivemos um momento especial: o pentacampeão mundial Juan Manuel Fangio entregou o troféu de vencedor para Senna.
2006 – Dia de adeus, bi e de Massa
A prova em Interlagos marcou o primeiro adeus da F1 por parte de Michael Schumacher, que estava numa tarde inspirada. Ele brigou com Giancarlo Fisichella (Renault) em duas ocasiões, mas o alemão não chegou à vitória, que aliada a um possível abandono de Fernando Alonso (Renault) daria a ele o oitavo título mundial. O espanhol foi o segundo colocado à frente de Jenson Button (Honda). O vencedor foi Felipe Massa, que deu ao Brasil sua oitava vitória em casa após 13 anos.
2008 – O dia do quase
Interlagos já tinha visto decisões de título nos três anos anteriores, mas pela primeira vez poderia ver um piloto brasileiro ser consagrado campeão mundial aqui. Felipe Massa fez sua parte, conquistando a pole e venceu, mas para ficar com o título ele dependia de um sexto lugar de Lewis Hamilton (McLaren) e ele quase aconteceu. Faltando duas voltas para o fim ele estava em quinto e foi superado por Sebastian Vettel (Toro Rosso), e a conta era suficiente para o ferrarista ficar com o título empatado em pontos, mas com o desempate se dando no número de vitórias. Porém, os pneus de Timo Glock (Toyota) estavam desgastados e na curva da Junção ele acabou abrindo caminho para a ultrapassagem (e o título) do inglês. Massa foi campeão por 30 segundos em casa.
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