Salsicha – Descubra o que ela contém para nunca mais comer.
Salsicha – tanta gente come, tantas crianças são ensinadas a comer! – é composta por uma mistura do refugo dos matadouros (ex: tendões, nervuras, pele, sangue, carne presente na cabeça, vísceras de animais que foram criados em confinamento à base de ração), tudo muito fervido e cozido, moído e transformado em uma pasta homogênea (“emulsão de carne”) misturada a partir do refugo de milhares de animais, submetida a um processo de extrusão (extrusão é como forçar o “produto” por uma peneira sob altíssima pressão para tornar as partículas o quanto menores); em seguida adiciona-se uma série de substâncias químicas com o propósito de dar ao produto seu sabor característico (você nunca encontrará uma carne de verdade com o sabor da salsicha), além de substâncias com o propósito de dar “liga”, conservar, corar, aromatizar, etc, para finalmente dar ao produto a forma de salsicha.
Você acha que “é legal” oferecer salsicha às suas crianças?
É benéfico salsicha no cardápio da escola?
É aceitavel promover lavagem cerebral nas crianças, bombardeando-as com cachorros quentes, além de refrigerantes, sucos industrializados, “nuggets” de frango, “pão francês”, balas e pirulitos, condicionando-as até mesmo a associar esses produtos a celebrações (ex: aniversários), dias felizes com a família (ex: feriados, viagens) e/ou premiacões por bom comportamento?
É aceitável expor as crianças a propagandas desses “produtos alimentícios” associados aos personagens favoritos dos filmes, gibis e videogames? É prudente encorajar na criança uma relação emocional tão forte com esses produtos?
Estamos vivendo um momento no qual as taxas de obesidade, câncer e outras doenças degenerativas nunca estiveram tão altas e prevelentes em idades cada vez mais precoces.
As crianças são imensamente influenciáveis, e neste momento muitas se encontram constantemente expostas ao marketing de imagem positiva de “produtos alimentícios” industrializados, como a salsicha.
Uma vez viciadas nesses produtos, a imensa maioria continuará a consumi-los AINDA QUE, posteriormente, seja revelado e explicado a elas os processos, ingredientes nocivos e consequências nocivas à saúde e ao meio ambiente, associadas ao consumo desses produtos.
Felizmente, algumas pessoas e instiruições começaram a se dar conta do malefício do marketing e consumo de “produtos alimentícios” industrializados, especialmente em seres humanos em fase de crescimento e desenvolvimento.
A culinarista Pat Feldman, minha esposa, por exemplo, iniciou em 2007 o projeto pioneiro “Crianças na Cozinha”, inspirado e motivado por nossos próprios filhos, com o propósito de disponibilizar na internet receitas dos mais diversos pratos e lanches completamente isentos de ingredientes industrializados – inclusive salsicha, feita em casa a partir da carne de animais criados soltos e não confinados à base de ração.
Mais recentemente, em 2014, o Colégio Ofélia Fonseca, uma das melhores escolas de São Paulo, passou a utilizar a consultoria da culinarista Pat Feldman para um projeto pioneiro no Brasil: fazer uma transição gradual de todas as refeições e lanches oferecidos na cantina da escola em receitas ao mesmo tempo deliciosas e isentas de ingredientes industrializados.
Essa ação é muito mais bem aceita pelas crianças (e respectivos pais) na faixa de 2 a 10 anos, que os adolescentes (e respectivos pais) na faixa de 14 a 17 anos. Motivo pelo qual, infelizmente, a transição total somente pode ser atingida gradualmente, ao longo de alguns anos, com benefício máximo para a geração mais nova, de modo que o ciclo poderá ser perpetuado no dia em que as crianças, hoje pequenas, se tornarem adolescentes.
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