Quem pode duvidar que uma das mais
importantes e delicadas tarefas de um governante, em especial numa democracia,
é a escolha dos seus auxiliares?
É uma responsabilidade e tanto. Se falha nesse
mister ele vai pagar caro nas urnas quando se constata a pura incompetência dos
escolhidos, ou em outras instâncias, incluída aí a criminal, se os danos
causados aos governados for produto de dolo, que é definido como a violação
consciente da lei, por ação ou omissão.
Há, nesse caso, pleno conhecimento do
crime que está sendo praticado.
Para conhecimento dos menos
informados, é muito importante enfatizar que o Presidente da República do
Brasil dispõe de um eficiente e muito bem montado sistema de inteligência capaz
de assessorá-lo com alta margem de confiabilidade quanto aos antecedentes dos
indicados aos postos da administração pública, não somente quanto a aspectos
relativos à sua honestidade, honradez, mas até mesmo quanto à experiência e
competência para o exercício do cargo.
Equívocos eventuais existem e sempre
existirão. Esses devem ser vistos como exceções. Desenganos e desilusões são
próprios da natureza humana. O caso em questão, no entanto, é absolutamente
único.
Sem precedentes. O presidente Lula, nos seus dois mandatos, nomeou para
os mais altos postos de mando a pior espécie de gente que se possa imaginar.
E os mais influentes e poderosos
deles estiveram sempre no seu entorno imediato, em postos chaves, muitas vezes
dentro do próprio Palácio, vizinhos do seu gabinete.
Também no seu círculo de
amizades pessoais funcionou assim. Empresários hoje envolvidos em atos de
corrupção gozavam da prerrogativa do acesso livre ao ambiente de trabalho
presidencial.
A lista dos marginais é longa,
conhecida de todos, e seria exaustivo repeti-la na oportunidade. Alguns deles foram
alcançados pelo Mensalão, outros pela operação Lava-Jato, e outros ainda nos
dois escândalos.
Parte cumpre pena ou já cumpriram e muitos ainda permanecem
sob investigação.
Ladrões dos cofres públicos,
distribuídos cirurgicamente em todas as instâncias do governo, quebraram o
País, apoiados no maior esquema de corrupção conhecido e montado a partir da
esfera oficial do Poder.
Algo inacreditável que ainda está para ser avaliado em
toda a sua extensão.
Inúteis os argumentos e equações para
explicar a crise atribuindo-a a causas externas ou quaisquer outros fatores.
O
sentimento geral da Nação, excluídos os ingênuos e mal-intencionados, é de que
a tragédia econômica é, sobretudo, produto do roubo.
Foram bilhões de dólares.
Mais, talvez, do que tenta hoje o governo arrancar do povo empobrecido sob a
forma de impostos para tapar os buracos que ele próprio ocasionou.
Outro sentimento coletivo é a de que
o presidente Lula tem, sim, contas a pagar por tudo que ocorreu durante os
mandatos que exerceu.
E muitas contas. O que resta e se impõe é apurar o grau
de seu envolvimento pessoal nos crimes praticados.
Se ex-presidentes não podem
ser julgados por crimes de responsabilidade, como deliberou recentemente a
Justiça, eles podem e devem, como qualquer mortal, ser responsabilizados por
crimes comuns que tenham praticado.
Há muito Lula deveria estar sendo
investigado.
Gen Gilberto Rodrigues Pimentel
Presidente do Clube Militar
Postado por Celso Brasil às 07:12
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