VILLAS BOAS ►SE TEMER E O CONGRESSO INSISTIREM EM ABAFAR A LAVA JATO, HAVERÁ UM GOLPE MILITAR.


Se Temer e o Congresso insistirem em abafar a Lava Jato, haverá um golpe militar

 

Ao dar entrevista ao Valor, que é um jornal de circulação mais restrita na Organização Globo, que comanda sozinha a publicação, desde que a Folha se desligou da sociedade, o general deixou claro que estava dando um recado "interna corporis", destinado a atingir apenas o governo, os políticos e as lideranças militares. 


O fato concreto é que o descontentamento e a pressão interna nas Forças Armadas têm cada vez mais intensidade. 


Entre as lideranças militares, há consenso de que não há planejamento no país, a administração pública não tem metas nem visa a atender os reais interesses nacionais.

Um dos objetivos da entrevista do general Villas Bôas foi acalmar o pessoal da ativa e também da reserva, pois os três clubes militares estão defendendo abertamente uma intervenção das Forças Armadas, a pretexto de moralizar a política e a administração pública.


SEM INTERVENÇÃO – Com muita habilidade, o comandante do Exército descartou a possibilidade de derrubada do governo constitucional: 


"Interpreto o desejo daqueles que pedem intervenção militar ao fato de as Forças Armadas serem identificadas como reduto onde esses valores foram preservados. 


No entendimento que temos, e que talvez essa seja a diferença em relação a 1964, é que o país tem instituições funcionando. 

O Brasil é um país mais complexo e sofisticado do que era. 


Existe um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a sociedade de ser tutelada. 


Não pode haver atalhos nesse caminho. 


A sociedade tem que buscar esse caminho, tem que aprender por si. Jamais seremos causadores de alguma instabilidade".


O general tem razão. 


A Constituição deixa claro que cabe às Forças Armadas "a defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem". 


E a Lei Complementar nº 97  também é clara: 

"A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio".

INTERVIR SIGNIFICA GOLPE – Sem a menor dúvida, a entrevista confirma a convicção de que não existe possibilidade de ocorrer a apregoada "intervenção militar constitucional". O significado real seria "golpe de estado" ou "golpe militar", apenas isso.


Segundo as cuidadosas declarações do comandante do Exército, essa hipótese estaria afastada. 


Mas acontece que as aparências sempre enganam, quando se trata da política brasileira. 


Na entrevista, a ênfase dada à moral e à ética, assim como a incisiva defesa da Lava Jato ("É a grande esperança de que se produza no país alguma mudança nesse aspecto ético que está atingindo nosso cerne, que relativiza e deteriora nossos valores") – tudo isso demonstra que as Forças Armadas não estão desatentas nem omissas.

Ainda em tradução simultânea, o general Villas Bôas deixou claro que, se o Planalto e o Congresso insistirem nessa irresponsável tentativa de inviabilizar a Lava Jato, a história vai se repetir no Brasil, e não será como farsa. 


Portanto, espera-se que o presidente Michel Temer tenha um mínimo de juízo e não ouse levar adiante essa injustificável iniciativa.

Via: http://chiquinhodornas.blogspot.com.br/2017/02/se-temer-e-o-congresso-insistirem-em.html


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