Palocci dispensa oito testemunhas de defesa na Lava-Jato
O ex-ministro da Fazenda mudou sua estratégia de defesa na ação penal.
Há duas semanas, ele anunciou que estava disposto a colaborar com a Justiça
O ex-ministro Antonio Palocci dispensou os depoimentos de oito testemunhas de defesa em uma ação penal da Lava-Jato, em Curitiba.
O ex-ministro é réu no processo, junto com o ex-presidente Lula, o empresário Marcelo Odebrecht e o advogado Roberto Teixeira.
A denúncia diz respeito a despesas de Lula que teriam sido pagas pela Odebrecht, como a compra de terreno para o Instituto Lula e o aluguel de apartamento em São Bernardo do Campo.
Entre as testemunhas dispensadas por Palocci estão o banqueiro Lázaro Brandão, do Bradesco, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, do Grupo Gerdau, e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
Os advogados Alessandro Silvério e Bruno Augusto Vianna, que entraram com o pedido de dispensa de testemunhas em favor de Palocci, não informaram na petição os motivos da mudança de estratégia na ação penal.
No mês passado, em depoimento ao juiz Sergio Moro, Palocci disse que tem muito o que contar à Justiça.
O ex-ministro disse ao juiz que suas revelações poderiam acrescentar mais um ano de trabalhos para a Lava-Jato.
O ex-ministro, identificado nas planilhas da Odebrecht como "Italiano", é acusado de intermediar pagamentos de caixa dois e dinheiro de corrupção da Odebrecht para o então presidente Lula.
Palocci vai prestar cinco depoimentos ao juiz Sérgio Moro.
As audiências estão marcadas para os próximos dias 22, 24 e 26, e 5 e 7 de junho.
Marcelo Odebrecht será ouvido nos dias 5 e 7 de junho.
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