Cármen Lúcia sinaliza que STF vai livrar Lula da prisão.
Temendo tranco das Forças
Armadas, presidente da Corte faz pronunciamento
Diante do clima de insatisfação da
sociedade com a possibilidade de um golpe para livrar o ex-presidente Lula da
prisão, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, gravou
um pronunciamento insinuando que a Corte poderá livrar o condenado da cadeia.
Segundo a assessoria do STF, o pronunciamento será exibido na
quarta-feira, 04, na TV Justiça.
Em sua fala, a presidente da Corte fala em
Democracia e diz que "Problemas resolvem-se com racionalidade,
competência, equilíbrio e respeito aos direitos", numa clara antecipação ao
caos que irá se instalar no país, caso a maioria dos ministros do Supremo
concedam a Lula um vale impunidade definitivo e abram o precedente para que
milhares de criminosos pleiteiem os mesmos privilégios que a Corte
eventualmente conceder ao petista no julgamento de seu habeas corpus preventivo
no dia 04 deste mês.
Em caso de convulsão social, as Forças Armadas serão
convocadas para conter manifestações violentas, mas ninguém garante de que lado
os generais permanecerão diante de um golpe tão acintoso contra os interesses
da sociedade. Segundo o G1, a presidente do STF gravou o
pronunciamento nesta segunda-feira (2) no qual defende o “fortalecimento da
democracia”, afirma que “há que se respeitar opiniões diferentes” e pede
"serenidade" para que diferenças ideológicas não resultem em
"desordem social".
Cármen Lúcia sugere os mesmos argumentos dos defensores da
impunidade de Lula e cita a Constituição, no que seria uma referência ao artigo
sobre a presunção de inocência, um anacronismo que que estabelece o estado de
inocência como regra em relação ao acusado da prática de infração penal:
"Problemas resolvem-se garantindo-se a observância da Constituição, papel
fundamental e conferido ao Poder Judiciário, que o vem cumprindo com
rigor".
O tero do discurso de Cármen Lúcia sugere claramente que a
maioria do STF vai mesmo livrar Lula da prisão, após o petista ter sido
condenado em dupla jurisdição pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Acompanhe a íntegra do pronunciamento da presidente do STF logo abaixo:
“A democracia brasileira é fruto da luta de muitos.
E fora da
democracia não há respeito ao direito nem esperança de justiça e ética.
Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra
pessoas e instituições.
Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir
serenidade.
Serenidade para que as diferenças ideológicas não sejam fonte
de desordem social.
Serenidade para se romper com o quadro de violência.
Violência não é justiça.
Violência é vingança e incivilidade.
Serenidade há de se pedir para que as pessoas possam expor
suas ideias e posições, de forma legítima e pacífica.
Somos um povo, formamos uma nação.
O fortalecimento da
democracia brasileira depende da coesão cívica para a convivência tranquila de
todos.
Há que serem respeitadas opiniões diferentes.
Problemas resolvem-se com racionalidade, competência,
equilíbrio e respeito aos direitos.
Superam-se dificuldades fortalecendo-se os
valores morais, sociais e jurídicos.
Problemas resolvem-se garantindo-se a
observância da Constituição, papel fundamental e conferido ao Poder Judiciário,
que o vem cumprindo com rigor. (grifos meus) SERÁ??? NÃO CONCORDO.
Gerações de brasileiros ajudaram a construir uma sociedade,
que se pretende livre, justa e solidária.
Nela não podem persistir agravos e
insultos contra pessoas e instituições pela só circunstância de se terem ideias
e práticas próprias.
Diferenças ideológicas não podem ser inimizades sociais.
A
liberdade democrática há de ser exercida sempre com respeito ao outro.
A efetividade dos direitos conquistados pelos cidadãos
brasileiros exige garantia de liberdade para exposição de ideias e posições
plurais, algumas mesmo contrárias.
Repito: há que se respeitar opiniões
diferentes.
O sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a ressentimentos ou
interesses que não sejam aqueles do bem comum a todos os brasileiros.
A República brasileira é construção dos seus cidadãos.
A pátria merece respeito.
O Brasil é cada cidadão a ser
honrado em seus direitos, garantindo-se a integridade das instituições,
responsáveis por assegurá-los.”
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