Quem tem um parente ou amigo próximo que sofre
com demência sempre se preocupa que um dia essa pessoa saia de casa e acabe se
perdendo.
Por isso, vários produtos para rastrear pessoas já foram criados nos
Estados Unidos, como uma pulseira e um calçado que emitem sinais de rádio e que
podem ser acessados pela polícia. A bateria desses equipamentos dura seis
meses.
Mas
a empresa Three Square Market (32M), do estado americano de Wisconsin, criou um
implante com GPS para adultos vulneráveis que podem se perder e nunca mais
conseguir voltar para casa.
O
projeto foi anunciado no programa Closing Bell, do canal de TV
americano CNBC, nesta semana. O CEO da empresa, Todd Westby, afirmou que a
empresa está trabalhando em um chip ativado por voz que se carrega com o calor
corporal e que monitora os sinais vitais de quem o usa e pode fazer o
rastreamento por GPS.
A
empresa quer lançar seu primeiro teste em 2019, e só então vai pedir aprovação
do Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula medicamentos, alimentos
e equipamentos relacionados à saúde.
Sem
sombra de dúvida há uma demanda crescente por equipamentos de rastreamento para
pacientes com demência, já que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde,
atualmente há 47 milhões de pessoas que sofrem com demência, mas até 2030
espera-se que este número aumente para 75 milhões.
O preocupante é que seis de
cada dez pessoas com demência acabam se perdendo em algum momento, mesmo que
seja por poucos minutos ou horas.
O
implante de GPS da empresa, porém, pode ser menos eficiente que as pulseiras
que emitem sinais de rádio, já que o GPS não funciona em todos os lugares ou
dentro de prédios grandes.
Os
críticos da ideia questionam se é realmente necessário realizar um implante
invasivo quando há outros produtos que desempenham a mesma função e que são
usados fora do corpo.
A
32M realmente parece acreditar que a solução para tudo na vida moderna está em
implantes. Em julho de 2017 todos os funcionários da empresa receberam a oferta
de receber de graça um implante com chip na mão que substituiria o crachá
necessário para abrir portas, destravar os computadores e impressoras, além de
realizar pequenas transações na cafeteria da companhia.
O implante do chip em
questão não tinha GPS, mas mesmo assim muitos não se sentiram confortáveis com
a perspectiva de receberem este implante. [Futurism.com]
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