Publicado em 23 de mai de 2019
Coluna de Fábio Zanini, na edição desta quinta-feira
(23) da Folha de S.Paulo, revela que em áudio repassado a 55 grupos de
caminhoneiros – em um total de 6.550 pessoas -, o líder caminhoneiro José
Raymundo Miranda, representante da Associação Nacional de Transporte do Brasil
(ANTB) em Minas Gerais, fala em fazer um cerco ao Congresso com os
“cavalinhos”, como são chamadas as cabines dos veículos sem a caçamba, em ato
em defesa de Jair Bolsonaro (PSL), marcado para o domingo (26).
“O ideal é todos
os caminhoneiros partirem para Brasília, fazerem um cerco. Quero ver se eles
conseguem guinchar um monte de carro desses. Fechar aquele Congresso, rodear e
sitiar aquele povo ali dentro”, afirma Miranda no áudio.
O caminhoneiro
classifica o movimento como uma “gangue”. “Estamos aí com uma gangue, o câncer
do Brasil chamado Congresso Nacional, engessando, impedindo o presidente de
trabalhar”, disse, em outro áudio.
Confrontado com
as mensagens, ele baixou o tom e disse que o cerco ao Congresso estava
descartado. “Vamos ter tumulto do Oiapoque ao Chuí”, minimizou.
Outro
líder caminhoneiro, Ramiro Cruz, de São Paulo, deu um ultimato ao Congresso, em
mensagem distribuída a colegas de profissão.
“Se daqui a 45
dias essa reforma da Previdência e esse pacote anticrime do juiz Sergio Moro
não forem aprovados pelas duas Casa legislativas, se não deixarem o capitão
implantar os projetos de tirar o país dessa lama, dessa desgraça, dessa crise, o
segundo semestre não começa no Brasil”, diz Cruz, que foi candidato a deputado
federal pelo PSL.
Segundo
reportagem da própria Folha esta terça-feira (21), no entanto, o movimento estaria dividido.
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