07:10 - 10/09/21 POR FOLHAPRESS
Ações nos inquéritos que miram Bolsonaro, como os das fake news, acusações contra as urnas e milícias digitais, são consideradas inevitáveis no curto e médio prazo.
SÃO PAULO, SP
(FOLHAPRESS) - A expectativa na Polícia Federal é sobre qual será o impacto da
conversa entre Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes no andamento das
investigações que miram o presidente e seus apoiadores no STF (Supremo Tribunal
Federal) e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ações nos inquéritos que miram
Bolsonaro, como os das fake news, acusações contra as urnas e milícias
digitais, são consideradas inevitáveis no curto e médio prazo. Entretanto, cada
vez mais a leitura interna é que as condições institucionais ficam mais
difíceis.
Nesse contexto, a visita de Augusto
Aras ao diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, nesta quinta (9) foi lida como um
indicativo de que não é certo o apoio interno para os envolvidos nos casos. O
Procurador-Geral da República esteve na corporação um dia após abrir
investigação contra o delegado Felipe Leal por abuso de poder.
Leal conduzia o inquérito sobre a
suposta interferência de Bolsonaro na PF e foi retirado do caso por Moraes após
incluir atos de Maiurino na mira da investigação. Além disso, a presença de
Aras reforçou a percepção entre os policiais de que o diretor-geral está mais
preocupado com o apoio externo do que com o interno.
Além da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que divulgou nota em apoio a Leal, uma petição online foi criada em defesa do investigador e no início da noite da quinta (9) angariava cerca de 880 assinaturas de delegados, peritos, agentes e funcionários da PF.
https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/1841226/tregua-com-stf-gera-preocupacao-na-pf-sobre-inqueritos-contra-bolsonaro
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