Argentino, pentacampeão mundial de Fórmula 1 e um dos mais respeitados atletas na Argentina, muitas vezes comparado ao 'Dios' Maradona. Este é Juan Manuel Fangio, que no último dia 24 teria completado 100 anos e é considerado por muitos pilotos como o maior de todos por ter conquistado campeonatos em uma época que acelerar carros de F1 era um risco gigantesco. Para se ter uma ideia do perigo, Fangio sequer usava um capacete.
O que Juan Manuel Fangio fez na Fórmula 1 foi histórico, e muito provavelmente, muito mais complicado do que Senna e Schumacher fizeram, porém, cada um em seu tempo. O próprio brasileiro era amigo do argentino e fazia visitas para o piloto, que tinha como seu maior ídolo pelo estilo de pilotagem e por todas as suas vitórias na categoria. Schumacher sempre quando comenta sobre as diferenças entre o atual momento e a época do pentacampeão afirma que era muito mais perigoso e arriscado e, por isto, os feitos de Fangio merecem ser vangloriados.
A passagem de Fangio na categoria começou em 1950 (primeiro campeonato mundial) na equipe da Alfa Romeo e não decepcionou: terminou na segunda posição, atrás de Giuseppe Farina, outro gigante daquele momento. Porém, no ano seguinte, na mesma equipe o argentino conquistou vitórias na Suíça, Espanha e França para faturar o primeiro título. Em 1952, não participou do campeonato após sofrer um grave acidente na Irlanda.►►
Em 1953, vai para a Maserati, onde conquista o vice-campeonato, e no meio da temporada seguinte encontra sua maior identificação na F1: o carro prata da Mercedes. Com esta dupla os títulos de 54, 55 e 56 pareceram fáceis para o argentino. Em 57, retorna para a Maserati e conquista seu último título. Com grande folga Fangio acumulou o seguinte recorde: em todos os campeonatos que disputou por equipe de ponta ou foi campeão ou ficou com o vice.
Em 1958, vai para a Scuderia Sud Americana, mas não obtém sucesso. Encerra sua carreira com 52 grandes prêmios, 29 poles e 23 melhores voltas.
Com a saúde debilitada, Fangio deixa as pistas de corrida e o mundo em 1995, em Buenos Aires. Para grande parte dos argentinos, o piloto e Maradona estão no mesmo patamar esportivamente, o que pesa para o jogador é o fato de estar vivo e ser do mundo do futebol. Porém, ninguém nega que o 'Maestro' é muito mais cavalheiro que o 'D10s'.
Outras corridas
Falando em centenário, alguém já ouviu falar de Paul Pietsch, ou 'piloto bebê'? Provavelmente não, já que o alemão correu por quatro vezes na F1, entre 1905 e 52, nunca completou uma corrida, mas atingiu uma marca histórica. É o primeiro piloto de Fórmula 1 a completar 100 anos e ainda mais vindo de uma época onde correr era extremamente perigoso. Parabéns para você, Pietsch!
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