MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
Um dia depois de deputados arquivarem o caso do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) no Conselho de Ética da Câmara, a Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção fez hoje uma celebração da Lei da Ficha Limpa e aproveitou para pedir a aprovação de propostas que visam reduzir a corrupção.
Francisco Praciano (PT-AM), coordenador da frente, disse que há cerca de 160 propostas neste sentido na Congresso, sendo 30 deles prontos para votação pelo plenário da Câmara.
Praciano reclamou do fato de a tramitação de todos está paralisada. O deputado citou textos como o que cria o cadastro dos condenados por ato de improbidade e o que dispõe sobre o financiamento das ONGs, entre outros.
"A Frente tem essa luta, para combater a corrupção, sendo o primeiro passo, com é o de colocar pessoas com um bom currículo aqui dentro", afirmou.
Questionado sobre a decisão do Conselho de Ética ontem contra Costa Neto, Praciano admitiu que o Congresso não está em sintonia com a sociedade. "Com relação ao combate à corrupção há um hiato entre a sociedade e o parlamento. O grito da sociedade não está sendo ouvido", afirmou.
O ato, que aconteceu na Câmara estava esvaziado, contando, em sua maioria, com a participação de crianças. Havia bolo e vela para comemorar um ano da lei.
Menos de vinte parlamentares estavam presentes. Integrantes do MCCE, no entanto, compareceram. Eles enviaram à presidente Dilma uma carta pedindo a indicação para o STF (Supremo Tribunal Federal) de alguém favorável à Ficha Limpa.
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