Seios nus na Europa em protesto contra a “condenação à morte” da garota islâmica

PARIS -- A fundadora do grupo Femen, a ucraniana Inna Shevchenko (à dir.), com outras jovens, protesta diante da embaixada da Tunísia contra a "condenação à morte", por um clérigo islâmico, da garota tunisiana que postou foto com os seios nus (Foto: Miguel Medina / AFP / Getty Images)
07/04/2013
 às 23:20 \ Vasto Mundo

Seios nus na Europa em protesto contra a “condenação à morte” da garota islâmica que postou fotos com os seios de fora

Post publicado originalmente às 2h30 do dia 7 de abril de 2013
De novo, elas: o grupo feminista radical Femen, fundado pela militante ucraniana Inna Shevchenko, voltou a colocar filiadas e simpatizantes com os seios de fora nas ruas de várias cidades da Europa no “Dia do Jihad Topless” (“jihad” é a referência à “guerra santa” pregada por islâmicos radicais) para protestar.
Desta vez, contra a condenação à morte proferida por um clérigo de Túnis contra uma jovem de 19 anos, Amina, que postou fotos suas de seios de fora na web page que ela criou, na Tunísia, para o grupo feminista.
Sob o prisma religioso, o pregador muçulmano salafista Almi Adel lançou uma fatwa contra a moça — o que significa que os fiéis estão autorizados a matá-la. Do ponto de vista laico, as coisas não estão claras, mas a mídia tunisiana diz que, conforme a legislação dessa suposta democracia surgida da “Primavera Árabe” de 2011, ela poderia ser condenada a até dois anos de prisão.
A família apressou-se a interná-la numa clínica psiquiátrica.
Em reação aos protestos do “Dia do Jihad Topless”, ocorrido na quinta-feira, 4, um grupo de jovens muçulmanas britânicas lideradas pela estudante da Universidade de Birmingham Sofia Ahmed lançou um tímido contra-movimento pelo Facebook e pelo Twitter contra o que classificou de campanha para rotular o Islã de opressor das mulheres.
Sofia publicou um artigo no site britânico Radical Views – que abriga também outros textos sobre o tema — e na versão britânica do prestigioso The Huffington News dos Estados Unidos.
Por ora, os seios nus vêm obtendo uma considerável vantagem de marketing.
Ainda em Paris, manifestante é presa pela polícia diante da embaixada tunisiana (Foto: AFP / Getty Images)

Além da polícia, as garotas tiveram que enfrentar contra-manifestantes muçulmanos, como este, que chuta a integrante da Femen diante da Grande Mesquita de Paris (Foto: Fred Fudour / AFP / Getty Images)

BERLIM -- O protesto foi diante da mesquita Ahmadiyya, a maior da capital alemã. "Nada de senhores ou escravos", diz um cartaz. "Liberdade nua", diz o outro (Foto: Johannses Eisele / AFP / Getty Images)

ESTOCOLMO -- Cartazes com a foto de Amina diante da embaixada da Tunísia na Suécia (Foto: AFP / Getty Images)

ESTOCOLMO -- Esta jovem manifestante se identificou como integrante de uma tal Organização da Juventude Comunista (Foto: AFP / Getty Images)

MILÃO, ITÁLIA -- A gritaria e a seminudez foram diante do consulado da Tunísia. A garota da esquerda escreveu nas costas: "Haverá milhões de Aminas" (Foto: Antonio Callanni / AP)

KIEV, UCRÂNIA -- Manifestante é agarrada por policiais diante de mesquita. "Libertem Amina", diz a inscrição no corpo (Foto: AFP)

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